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Finlândia reelege Tarja Halonen como presidente
Por Da AFP
29/01/2006 | 19:24
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A presidente social-democrata finlandesa, Tarja Halonen, foi reeleita neste domingo no segundo turno das eleições presidenciais, segundo resultados oficiais divulgados após a apuração de 99,9% dos votos.

Halonen inicia um novo mandato de seis anos depois de ter obtido 51,8% dos votos contra 48,2% do candidato conservador Sauli Niinisto, que reconheceu a sua derrota e felicitou a presidente.

Tarja Halonen, 62 anos é conhecida em seu país como a "mãe da nação", o que mostra a sua imensa popularidade. Em 2004, o índice de popularidade de 'Tarja', como é chamada a social-democrata, alcançou 94%, uma cifra que nunca havia sido registrada desde a independência do país, em 1917.

Primeira mulher jurista da poderosa Sak (Confederação dos Sindicatos Finlandeses) em 1970, Tarja Halonen chegou ao Parlamento em 1979. Mais tarde ocupou várias pastas ministeriais, incluindo a de Assuntos Sociais e da Justiça, antes de ser nomeada ministra das Relações Exteriores em 1995, tendo sido a primeira mulher a ocupar este cargo.

A sua eleição em 2000 representou a chegada ao poder de uma mulher pela primeira vez na História do país, e ao mesmo tempo em que marcou uma ruptura com o estilo pelo qual o país era governado até então.

Ela é agnóstica em um país onde a Igreja Protestante Luterana é a igreja do Estado, criou sozinha a sua filha Anna, nascida fora do casamento, e durante muito tempo viveu em concubinato antes de se casar, poucos meses depois de sua eleição.

"Ela se distingue na esquerda pelo seu apego aos valores tradicionais de solidariedade e igualdade, assim como pela defesa do indivíduo", explica o jornalista Hannu Lehtila, autor de uma biografia de Halonen.

Os finlandeses apreciam o seu comprometimento com uma "globalização justa" e a sua defesa do Estado de bem-estar, segundo um estudo do Instituto Gallup publicado em novembro.

"Precisamos de uma economia de mercado produtiva e vigorosa cujos efeitos negativos possam ser corrigidos em nível político", repetiu durante a campanha eleitoral a candidata do Partido Social-democrata e da Aliança das Esquerdas (extrema-esquerda).




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