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Família de Jean Charles apela à Suprema Corte britânica
Por Da AFP
16/10/2006 | 10:19
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A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia britânica ao ser confundido com um terrorista, deve apelar nesta segunda-feira da decisão dos promotores, tomada em julho, de não abrir processo contra os policiais envolvidos no caso. Os advogados da família contestam a decisão da promotoria britânica (Crown Prosecution Service, CPS) e pedem que o caso seja examinado pela Suprema Corte.

"A respeito da decisão de não abrir processo contra qualquer membro da polícia, nos consideramos que o CPS usurpou o papel do júri na consideração das evidências", disse o advogado Harriet Wistrich.

Os advogados contestam também o adiamento sobre o inquérito da morte de Jean Charles e a não publicação por parte da Comissão Independente de Queixas da Polícia (IPCC, na sigla em inglês) do relatório sobre a morte.

Em julho, os procuradores britânicos decidiram não acusar criminalmente os policiais que estavam por trás dos tiros que custaram a vida do eletricista brasileiro de 27 anos, por "evidências insuficientes".

Segundo a procuradoria, erros operacionais indicavam que houve uma ruptura na tarefa de proporcionar a Jean Charles proteção sob as leis sanitárias e de segurança.

No mês passado, representantes da Polícia Metropolitana de Londres alegaram inocência num tribunal da capital britânica (the City of Westminister Magristrate's Court) da suposta quebra das leis sanitárias e de segurança.

O caso foi então adiado para 16 de janeiro, quando haverá uma audiência na Central Criminal Court de Londres.

Confusão – Confundido com um homem-bomba, o brasileiro recebeu sete tiros na cabeça na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, em 22 de julho de 2005.

A morte de Jean Charles ocorreu em meio a um alto nível de alerta, duas semanas depois que quatro suicidas provocaram a morte de 52 pessoas (além deles quatro) no sistema de transporte público de Londres no dia 7 de julho.




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