Um dos artistas plásticos mais importantes da região, João Suzuki morreu de infarto, aos 75 anos, na noite de anteontem em sua residência, em Santo André. O enterro foi ontem no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano.

Nascido em Mirandópolis (SP), Suzuki iniciou carreira em 1952. "Em sua última fase, utilizou técnica mista sobre madeira. Também trabalhou com xilogravuras, pinturas em papel, nanquim e tela, esculturas em madeira, em pedra...", lembra o filho, Márcio Suzuki.

Ex-professor de artes do Instituto Nobel, em São Paulo, e da Fundação das Artes de São Caetano, o nissei teve sua trajetória artística relatada no livro João Suzuki - Travessia do Sonho, com autoria do crítico de arte José Armando Pereira da Silva e colaboração de Enock Sacramento. O Diário apoiou a campanha para financiar a obra, publicada em 2007.

Com obras em acervos como da Pinacoteca do Estado e do Royal College of Art, em Londres, Suzuki foi homenageado com sala especial no 1º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, em 1968, ao lado de Luiz Sacilotto e Paulo Chaves, ambos falecidos.

Vítima da ditadura, Suzuki foi preso no Dops (Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo), em setembro de 1969. O motivo tem muitas versões.