Política Titulo No palanque
Rivais em 2016, Kiko e Dedé selam aliança em Ribeirão

Ex-vice apoiará tentativa de reeleição do prefeito: ‘Cidade precisa olhar para frente’

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/09/2020 | 00:03
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Protagonistas em campos opostos na eleição à Prefeitura de Ribeirão Pires em 2016, o prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) e o ex-vice Edinaldo de Menezes, o Dedé (Cidadania), estarão no mesmo palanque no pleito deste ano. O apoio à pré-candidatura à reeleição do tucano foi selado em reunião na noite de ontem, com a presença do deputado federal Alex Manente (Cidadania).

Kiko foi eleito prefeito de Ribeirão com 17.703 votos, contra 15.385 de Dedé, em processo eleitoral marcado por críticas duras. As rusgas políticas persistiram até meados de 2019, quando uma trégua entre as partes foi costurada.

“Convergimos no entendimento que a cidade precisa estar em primeiro lugar. Reconheço que o Kiko fez um bom governo, resgatou a situação econômica da cidade, com obras que não apenas o ribeirão-pirense vê, mas todo o Estado. A cidade precisa caminhar para frente, não voltar para trás”, salientou Dedé, emendando que as disputas políticas ficaram no passado e que o Cidadania vai somar com o projeto do tucano.

Dedé foi vice no último mandato do ex-prefeito Clóvis Volpi (PL) em Ribeirão – entre 2009 e 2012 – e candidato governista em 2012, mas, desta vez, está em raia oposta à de Volpi, pré-candidato novamente à Prefeitura. “O governo Kiko merece continuar, e sei que vai. A cidade precisa olhar para frente. E constatei, fazendo uma reflexão, que algumas políticas do passado não foram adequadas”, discorreu.

Com o movimento de ontem, Kiko consegue aliança com o segundo e o terceiro colocados na eleição de 2016, uma vez que o ex-prefeito Luiz Carlos Grecco (PSDB) já está no leque de aliados – à época, Grecco recebeu 13.942 votos.

“Há um simbolismo, claro. Eu fui amigo do Dedé por muito tempo, o pai dele (Gemecê) sempre esteve em Rio Grande da Serra quando fui prefeito. Havia afinidade conosco. As disputas eleitorais, às vezes, criam distanciamento. Nunca fui de ofender ninguém, nem mesmo meus adversários, não deixo espaço para mágoas. Eles (Grecco e Dedé) viram que Ribeirão está caminhando bem e não querem retrocesso”, disse Kiko.

Dedé negou que a aproximação entre Alex e o prefeito Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo e padrinho político de Kiko, moveu o apoio dele ao tucano de Ribeirão. “O Alex sempre nos deixou livres.” Alex, por sua vez, classificou como “ato de grandeza” a adesão de Dedé a Kiko. “Queremos a continuidade do que tem dado certo em uma cidade com muitas dificuldades que ele pegou em 2016.”

TCE reprova contas de 2018 do governo tucano, que vai recorrer

Daniel Tossato<br>Do Diário do Grande ABC

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) reprovou ontem as contas do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), referentes ao exercício de 2018, segundo ano de gestão do tucano. O chefe do Executivo ainda pode pedir reexame da decisão.

Em seu voto, o conselheiro Renato Martins Costa elencou deficit orçamentário, mesmo após o município ter sido alertado por dez vezes sobre o descompasso entre as receitas e as despesas. Além disso, Costa citou falta de pagamento de precatórios – o governo precisaria depositar R$ 604.871,47 em dívidas judiciais naquele ano – e alto índice de comissionados.

Se Kiko não conseguir reverter a punição no TCE, o parecer precisará passar por análise da Câmara de Ribeirão.

Em nota, “a Prefeitura de Ribeirão esclarece, sobre a decisão do TCE, referente às contas de 2018, que cabe recurso, considerando, entre outros aspectos, as melhorias implementadas nas contas públicas pela administração neste período”. “Os apontamentos que levaram ao parecer desfavorável foram amplamente contestados, com apresentação de documentação. A tese de defesa será reforçada em recurso.” 




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