O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), reajustou em 3,16% o valor do contrato com empresa responsável pelo término da construção da creche Sagrado Coração de Jesus, no bairro Casa Grande. Com o aumento, publicado no Diário Oficial na quarta-feira, o valor do acordo passou de R$ 2,48 milhões para R$ 2,51 milhões.

O aditivo do contrato não explicita se o prazo da conclusão das intervenções também será flexibilizado. Isso porque o termo assinado em junho com a empresa Esteto Engenharia e Comércio previa término do projeto em dezembro. Passados três meses do fim do cronograma, a unidade ainda não foi inaugurada.

Ao todo, a creche Sagrado Coração de Jesus está atrasada há cinco anos, uma vez que o equipamento foi projetado ainda na gestão do ex-prefeito Mário Reali (PT, 2009-2012) e deveria ter sido entregue em 2013.

Inicialmente, a empresa responsável pelas obras era a Ematec Engenharia e Sistemas de Manutenção, mas em 2015 as intervenções foram paralisadas e o contrato foi rescindido pela gestão Lauro. A construção da unidade, que teria capacidade para atender 140 crianças, foi orçada em R$ 3 milhões, sendo parte desse dinheiro oriunda de recursos da União. Só em junho do ano passado, o Parque do Paço realizou nova licitação para que as intervenções fossem concluídas.

OUTRA UNIDADE
No mês passado, o governo Lauro reajustou outro contrato de construção de creche, a unidade Irmã Dulce 2, no bairro Conceição. O valor do acordo subiu de R$ 1,89 milhão para R$ 2,24 milhões – salto de 18,5%. No saldo final, porém, a creche ficará R$ 351 mil mais cara, uma vez que o orçamento inicial do equipamento era de R$ 2,17 milhões – os R$ 2,24 milhões a serem pagos à Alencar Construções somam-se a R$ 278 mil já depositados à Ematec, que também foi contratada para erguer essa unidade, porém que recebeu apenas pelo serviço executado parcialmente.

Recentemente, o secretário de Obras, José Marcelo, disse ao Diário que o reajuste do valor da construção da Irmã Dulce 2 se deu em decorrência de mudanças no projeto técnico das intervenções em atendimento às normas do Corpo de Bombeiros.
“O aditivo foi feito por conta de alteração no projeto de incêndio, que exigiu a execução de mais uma escada”.

A Prefeitura não respondeu aos questionamentos do Diário sobre os motivos do novo reajuste.