Artigo

Solidariedade na alegria e na tristeza

No último dia 5 fazia exatamente um mês que os professores da UFABC (Universidade Federal do ABC) haviam aderido ao movimento nacional de greve dos professores das universidades federais, junto com os alunos e os técnicos-administrativos. A data foi marcada por uma manifestação, durante a visita da presidenta Dilma Rousseff a São Bernardo, sede de um dos campi.

A UFABC foi a primeira universidade criada no processo de expansão do ensino superior promovido pelo governo Lula. Não há dúvida de que, do ponto de vista de sua estrutura física, ela está em situação melhor do que outras federais novas. E isso se deve em grande parte à compreensão de lideranças políticas da região, que não só lutaram para conseguir uma universidade pública, mas apoiaram a sua implantação. Exemplo disso é a prefeitura de São Bernardo, que disponibilizou estruturas adequadas para o seu funcionamento provisório e doou terreno para as novas instalações.

Mas para que o Ensino Superior seja ao mesmo tempo inclusivo e de excelência é imprescindível que haja uma política de RH condizente com as suas funções de ensino, pesquisa e extensão, baseada em plano de carreira e salários pautado por essa compreensão. E nisso a UFABC faz parte do descaso que está ofuscando os avanços conquistados nos últimos anos.

O movimento grevista que atinge quase todas as universidades federais expressa a indignação que tomou conta da categoria após várias tentativas de negociação com o governo, marcadas por compromissos assumidos não cumpridos, reuniões marcadas e desmarcadas. Pode ser que o governo avalie que ganhou um mês, agora que as federais entraram no recesso de julho. Mas, justamente a UFABC, por seu projeto pedagógico inovador, segue uma lógica trimestral e não entra em recesso neste mês.

Cabe às lideranças políticas e sociais que se empenharam durante anos para conquistar a universidade pública na região e sempre estiveram presentes nos atos políticos e comemorativos, como no ano passado, na ocasião do quinto aniversário, novamente entrar em campo para sensibilizar o governo federal para dar um fim a esse desgaste.

Romano Schuttear é professor da UFABC.

Palavra do leitor

Balsas

Era só o que faltava: greve dos operadores da balsa no Riacho Grande. Até quando a Prefeitura de São Bernardo vai se esquivar do problema? E o Ministério Público, que sabe do que lá acontece tem mais de seis anos e não toma providência contra a Prefeitura e o Emae? A outra estrada que dá acesso aos bairros do outro lado da balsa (que nos obriga a pagar esse roubo que é o pedágio da Anchieta e contar com o bom-senso da Ecovias quanto a interligação aberta), estava há duas semanas simplesmente intransitável devido às chuvas e trânsito de caminhões pesados. O ‘intransitável' não é força de expressão. Agora pergunto: e se a greve acontece no dia em que a estrada está fechada? Será que esses ‘cidadãos' da Prefeitura e do Emae estão cientes do caos que vão provocar? Os senhores estão atentos aos acontecimentos?

Danilo Colombo, São Bernardo

Honestidade

A notícia que tornou-se o centro das atenções do feriado foi a de casal de mendigos que encontrou R$ 20 mil e, ao invés de se beneficiar do valor, já que tinha achado o dinheiro, preferiu chamar as autoridades e entregá-lo. Diante de uma sociedade tão corrompida, é algo que nos deixa impactados, pois já que acharam poderiam ter aproveitado para mudar um pouco de vida. Porém, suas consciências não os deixariam tranquilos. Honestidade é realmente algo que vem de berço. Aliás, é o mínimo de caráter que uma pessoa tem de ter. Deus abençoe esse casal que marcou o dia com uma escolha de excelência.

Rosangela Caris, Mauá

Resposta

Em resposta ao munícipe Douglas Emiliani (Cruzamento, dia 20), a Secretaria de Mobilidade Urbana da Prefeitura de São Caetano informa que já notificou a empresa terceirizada responsável pelas pinturas das sinalizações nas vias da cidade. A empresa efetuará o serviço nos próximos dias.

Prefeitura de São Caetano

Respeito

Como alguns políticos não respeitam mesmo seus eleitores, né? A senhora Vanessa Damo, por exemplo. Candidatou-se a vereadora em Mauá, ganhou e depois abandonou a Câmara para ser deputada. Agora vai abandonar a cadeira para se candidatar à Prefeitura. Não entendo como os eleitores não caíram ainda na real. Respeito é bom e o eleitor gosta. Voto meu, jamais.

José Cardoso da Silva Filho, Rio Grande da Serra

Judô

O judô de Santo André ficou em 4º lugar na classificação geral da 1ª Divisão dos Jogos Regionais. Faço minhas as palavras de Ivi Bertassi (Jogos, ontem), onde foram elogiadas as dependências do Pedro Dell'Antônia (inclusive vestiário e banheiros limpos), as acomodações, a concentração e tudo mais. Parabéns, Santo André!

Eduardo Zago, Mauá

Dom Eugenio Sales

Acima de todas as ideologias, credos, crenças e ortodoxias existentes no Brasil e no mundo, Dom Eugenio Sales nos deixa como legado maior o verdadeiro amor de Deus, que é o amor ágape, ou seja, amor incondicional pela vida em toda a sua pluralidade. Um arcebispo que se opôs inteligentemente e sem chamar para si as câmeras e refletores da hipocrisia ou ostentação de muitos que defendiam, mentirosamente, os idos chacais da ditadura militar e seus representantes. Com trânsito livre e irretocável pelos corredores do Vaticano, jamais deixou, em sua humildade de vida, de priorizar os menos favorecidos, os perseguidos políticos e os injustiçados sociais. Vivendo não só das teologias bíblicas ou ritualísticas, mas principalmente praticando-a como paradigma do próprio Cristo.

Cecél Garcia, Santo André