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Servidor do INSS deve fazer greve neste mês
Por Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
05/03/2004 | 00:01
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No próximo dia 8, o Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) realiza assembléia na entidade para avaliar o indicativo de greve nacional do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), marcada para o dia 23 de março. Já no dia 15, representantes dos Estados irão se reunir em Brasília na plenária nacional da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Servidores da Previdência Social).

Os servidores do INSS querem a mudança de redação da Medida Provisória 146, que trata da carreira da categoria. A proposta do governo traz um termo de opção pelo novo Plano de Cargos, Carreira e Salários, que segundo o Sinsprev não atende às reivindicações da categoria, discutidas com o governo no ano passado.

Os servidores federais também poderão entrar em greve em abril. No dia 16 de março, será realizada a plenária nacional da categoria, em Brasília, que irá decidir sobre a futura paralisação. De acordo com José Aparecido Antunes, diretor do Sinsprev, os trabalhadores do INSS também irão se juntar aos servidores públicos na luta por reposição salarial. Segundo Antunes, as perdas salariais da categoria referem-se ao período de 1995 a 2003 e chega a 127%. “O governo quer dar um reajuste de 1,79%. Queremos 50,19% de imediato e uma política de recuperação dos salários.”

Filas–Centenas de segurados formaram filas nesta quinta nas agências do Grande ABC. Em Santo André, até a abertura da agência, o número de pessoas na fila girava em torno de 700 pessoas. Fátima Conceição Gomes, gerente regional da Previdência em Santo André, diz que a agência possui demanda grande de atendimento, na média de 1,3 mil pessoas por dia.

Segurados reclamaram da falta de servidores para atendimento. “Além do problema da fila, existe a demora no atendimento, pois há poucos funcionários”, disse Cleuza Dias. Fátima Gomes diz que a agência possui 86 servidores, que trabalham em dois turnos e diz que há uma carência de 35% a 40% de pessoal.

Na agência de São Bernardo, existe uma defasagem de 60% de servidores. Os segurados também reclamavam das filas e do tempo de espera. “Cheguei às 5h15 e até agora (11h desta quinta) não fui atendido”, disse José Baltarejo, de 65 anos.




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