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Pai é preso após estuprar filha de 14 anos
Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
16/03/2012 | 07:00
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Margarete de Almeida Alves, 34 anos, fala francamente por mais de uma hora. Mas, ao ver o ex-marido, o mecânico Alex Rodrigues Gabriel, 34, passar em sua frente, vai às lágrimas. "Por Jesus", sussurra, ao observá-lo algemado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de São Bernardo. Preso em flagrante por estuprar a própria filha de 14 anos. Após diversos abusos, a menina engravidou. Há 13 dias, seu filho nasceu.

Ontem, o exame de DNA pago pelos colegas da igreja evangélica que o casal frequenta acabou com a dúvida que persistia desde janeiro, quando Margarete procurou a DDM para denunciar o ex-companheiro. O Boletim de Ocorrência foi registrado no dia seguinte da comprovação da gravidez da filha, que estava inchada, vomitando e com a menstruação atrasada. Foi no banheiro do Pronto-Socorro Central que a menina relatou o terror à mãe.

O casal se conheceu há 17 anos. O casamento foi adiado graças à prisão de Gabriel por roubo de carga. Após dez anos longe da família, voltou religioso fervoroso. Os longos tempos fora de casa, que passava na igreja, levaram à discussão em que ele agrediu Margarete. Mas ela o perdoou. Só não contava com a violência a qual ele submetia a filha mais velha, na casa em que viviam no Parque dos Químicos.

Os abusos começaram quando ela tinha 9 anos. Em 2009, começou a manter relações sexuais todas as vezes que ficava sozinho com a filha. Traumatizada por vê-lo agredir a mãe, a garota se calou. Gabriel negou tudo. Como era rígido na criação dos filhos, alegou que a acusação poderia ser desculpa. Mãe e filha passaram a ser vistas com desconfiança no bairro. "Quem suspeitaria de um quase pastor como ele?", questiona Margarete.

Os dois só iriam se rever no dia do nascimento da criança, quando ele levou agrados para a filha. Até sair o resultado do exame, seguiu orientação policial de mantê-lo próximo, com juras de amor.

Ontem, Gabriel confessou o crime à polícia. Alegou que a filha não era mais virgem. Irá para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na Capital. Margarete decidiu ficar com a criança. E ensinar a filha, que passa por tratamento psicológico, a encarar a realidade. E não perder o pouco que resta de sua infância.




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