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Associação cuida de pacientes

Entidade desenvolve trabalho em dez pontos de Saúde em Santo André

Por Alexandre Calisto
Especial para o Diário
06/03/2012 | 07:00
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Atenção e respeito aos pacientes, dando-lhes o mínimo de dignidade, com comida e roupa. Esse é o lema da Associação dos Voluntários de Saúde de Santo André, que atende cerca de dez espaços de Saúde na cidade, incluindo postos e hospitais.

A entidade, que completará no dia 8 de abril 13 anos de serviço voluntário, enfrentou preconceito e barreiras, porém é hoje prova viva da força de vontade dos 125 voluntários, que se movimentam diariamente para atender aqueles que necessitam da rede pública de Saúde.

A associação surgiu em 1999, quando a presidente e fundadora, Aparecida Leite, 65 anos, acompanhou as necessidades vividas pelos pacientes que frequentavam o Hospital de Santo André, na Vila Assunção. Foi ali, nas redondezas, que o grupo de voluntários instalou sua sede, na época batizada como Associação de Voluntárias do Centro Hospitalar Municipal. "No início, foi difícil. Quando apresentei a proposta, algumas pessoas zombaram do projeto, até dentro do hospital", comenta.

Foi depois de muita insistência que Aparecida recebeu da Prefeitura o convite para implementar o trabalho na unidade de Saúde.

Aos poucos, conquistou também nova sede e produtos para entregar a quem necessitava. Chá, bolachas, roupas e chinelo são alguns exemplos de materiais que frequentemente chegam às mãos dos pacientes. "Nosso trabalho ganhou proporções maiores e passamos a atender outras unidades, como o Hospital da Mulher, no Parque Novo Oratório, e o Poupatempo da Saúde, na Vila Vitória. Por isso o nome mudou para Associação dos Voluntários da Saúde de Santo André", explica.

Desde o início da associação, a presidente faz todas as manhãs os chás que são distribuídos. Para ela, não há nada tão gratificante como ajudar a quem precisa.

Tamanha dedicação é reconhecida por alguns profissionais da Saúde. "As mulheres de rosa - como são chamadas dentro das unidades de Saúde - possuem paciência e dedicação para lidar com os doentes. Tudo isso é primordial para a recuperação deles", diz a enfermeira Rose Sobral, 48.

A associação recebe doações de roupas e sapatos e seleciona parte para entregar a quem precisa. O restante vai direto para as prateleiras do brechó, de onde sai boa parte dos recursos para a compra dos alimentos e tecidos. Além disso, a entidade oferece serviços como barbeamento e banho, acompanhando os pacientes. "Quando pegamos o caso, vamos até o fim, ali, do lado da pessoa", afirma Aparecida.




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