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Justiça é o suficiente?

Com tramas complexas, nova minissérie
da Globo promete mexer com o público

Por Vanessa Soares Oliveira
22/08/2016 | 07:00
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Divulgação


 Como definir justiça? De acordo com o dicionário, é ‘qualidade ou caráter do que é justo. Julgar segundo o que é direito. Princípio moral e de valor que se invoca. Aplicação do direito e das leis, poder de fazer justiça, poder de decidir sobre os direitos de cada um’. Mas, o que é justo para um pode não ser para o outro, afinal, cada indivíduo julga conforme aquilo que lhe convém. Ser imparcial em situações que exigem justiça pode ser a prova mais difícil do ser humano dependendo de qual lado da história ele se encontra. O tema tão complexo deu origem à minissérie Justiça, que estreia hoje na Globo. Exibida em 20 capítulos, a trama de Manuela Dias é cercada de histórias polêmicas e acompanha a trajetória de quatro personagens que foram condenados por situações diversas, passaram sete anos na prisão e tentam retomar a vida. Ambientada em Recife, cada conto terá um personagem central, mas, no fim, todos estarão interligados.

No capítulo de estreia, Débora Bloch vive Elisa, mãe que vê a filha ser assassinada por Vicente (Jesuíta Barbosa), seu noivo, após pegá-la em flagrante nos braços do ex-namorado. Condenado, Vicente passa sete anos preso, mas isso não é o suficiente para Elisa, que decide se vingar do ex-genro.

A história de Rose, personagem da atriz Jéssica Ellen, também levantará questões que vão mexer com o público. Criada pela mãe, que trabalha de empregada doméstica, Rose consegue passar no vestibular para Jornalismo. Só que a comemoração da notícia não acaba bem e ela vai presa, acusada de tráfico de drogas. Em conversa com o Diário, a atriz conta que só o nome da minissérie já lhe fez querer estar na trama. Além disso, ela se identifica em vários aspectos com Rose. “Sempre estudei em escola pública e quando passei no vestibular também fiquei muito feliz, como ela. Na cena que deflagra sua história, quando as amigas estão consumindo drogas e a polícia só revista os negros, o tema abordado é o racismo. E esse assunto é urgente”, comenta a atriz.

Além dessas histórias, o público conhecerá ainda Fátima – Adriana Esteves – que, levada pelo instinto materno, mata o cachorro do vizinho policial para salvar o filho. Ressentido, ele arma flagrante que leva Fátima presa. Já Maurício (Cauã Reymond) concorda, por amor, dar cabo da vida da mulher após ela ficar tetraplégica. “É impossível imaginar o que a gente faria numa situação destas, porque cada caso é singular. Mas, definitivamente, eu não gostaria de estar na pele do Maurício”, garante Reymond. A série Justiça vai ao ar de segunda a sexta-feira, com exceção de quarta, sempre após a novela das 21h, Velho Chico.




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