O edifício Saint James, um condomínio residencial de 15 andares, na rua Duque D‘Abruzzo, em Rudge Ramos, São Bernardo, foi evacuado na manhã de sexta-feira. A parede que divide dois apartamentos do 4º andar trincou, por volta das 6h30, assustando os moradores e fazendo surgir uma rachadura horizontal de mais de um metro e meio. O prédio só foi liberado pela Defesa Civil às 11h, após emissão de laudo que descarta riscos, emitido pela empresa que comercializou os apartamentos. Os moradores disseram que devem contratar um perito independente.

A parede rachada divide os apartamentos 41 e 42. A impressão dos moradores era que os tijolos na parte superior da parede haviam se deslocado cerca de três centímetros nas laterais em relação aos demais.

"Eram umas 6h30 quando eu comecei a ouvir uns estalos, não sabia de onde. Achei que era o gesso do teto que estava se descolando. Então, começou a se formar uma bolha na parede, que rachou. Percebi a rachadura crescer rapidamente. Com o vizinho ao lado estava acontecendo a mesma coisa. Coloquei minha esposa no hall do nosso andar e fui buscar minha filha, no quarto dela. Então chamaram a construtura e a defesa civil", disse o morador Daniel Marques, que vive no apartamento 41 do prédio desde abril de 2004.

Chegando no prédio, por volta das 7h30, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros providenciaram a evacuação preventiva da construção. Engenheiros da Defesa Civil e da empresa que comercializou os imóveis começaram a analisar o que havia provocado as trincas e verificar se a estrutura do edifício estava comprometida. Às 11h, todos os moradores do prédio, que aguardavam no lado de fora, foram convocados para uma reunião no salão de festas do condomínio, onde foi anunciado que a estrutura não sofreu abalos. O documento entregue ao condomínio informa que "houve destacamento de gesso bem como uma retração da penúltima fiada da alvenaria na parede da sala que divide os apartamentos 41 e 42. Destacamento este que não causou danos à estrutura do edifício." "A estrutura não foi comprometida. No entanto, é preciso analisar o que aconteceu com a parede para causar a rachadura", disse o engenheiro Fábio Nogueira Ottoni. Segundo ele, um representante da construtora do condomínio acompanhou a vistoria. As duas empresas devem entregar laudo detalhado nos próximos dias com os motivos do incidente. Uma terceira firma será contratada para isso.