Em crise, o São Paulo precisava da vitória frente ao Avaí, no Estádio da Ressacada, para afastar os problemas que assombram os arredores do Morumbi. Mas o fantasma permanece. Jogando futebol fraco, com pouca inspiração, o Tricolor não saiu do empate sem gols na noite deste sábado, em Florianópolis, e permaneceu na zona intermediária, em 11º lugar, com 35 pontos.

Com toque de bola envolvente, o Leão da Ilha quase abriu o placar aos seis minutos. Roberto foi lançado e saiu na cara do gol, mas Rogério Ceni espalmou. Pouco depois, nova chance dos catarinenses. Davi dominou pela direita e bateu, para intervenção do arqueiro tricolor.

A melhor chance de gol veio aos 19. Jéferson chutou rasteiro, a bola parou nos pés de Roberto, que dominou e devolveu para nova finalização de Jéferson. A bola acertou o travessão e saiu pela linha de fundo.

Sem nenhuma reação, o São Paulo parecia estar satisfeito em sair de Santa Catarina com um ponto conquistado. Em jogada rápida, aos 37, Patric desperdiçou o que seria o primeiro gol do Avaí. Ele recebeu livre de marcação, avançou até a entrada da área, mas bateu fraco. Se já estava ruim, a situação do São Paulo ficou ainda pior. No minuto seguinte, em dividida em que acertou e foi acertado pelo adversário, o volante Richarlyson foi expulso pelo árbitro Alício Pena Júnior. No intervalo, o atacante Lucas reclamou da postura da equipe. "É complicado, o Ricardo fica sozinho lá na frente, está bem difícil."

A entrada de Carlinhos Paraíba no intervalo tinha como objetivo salvar a pele do treinador e do Tricolor, dando maior movimentãção na linha de frente. A mudança até que teve algum efeito, mas sem objetividade. Em rápido ataque, aos 22, Roberto bateu e Rogério Ceni fez defesa estranha.

O gol estava maduro. Porém, não passou de falsa esperança. O Avaí tentava, mas não conseguia balançar as redes, e o São Paulo apostava nos contra-ataques. Ainda deu tempo de Dagoberto tentar o gol, nos acréscimos, em falta batida de longe, mas o goleiro Zé Carlos defendeu e garantiu o empate.