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Crescimento com controle da inflação
Da ABr
08/10/2010 | 07:29
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O presidente da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), Roque Pellizzaro Júnior, discorda da tese apresentada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), no relatório World Economic Outllook, de que a economia brasileira deve "pisar no freio", pois haveria perigo de superaquecimento.

Divulgado anteontem, o relatório apresenta perspectivas para a economia mundial e faz avaliações sobre a situação do Brasil e da América Latina, destacando que a recuperação econômica, liderada pelo Brasil, está ocorrendo em velocidade maior do que a esperada.

CRISE MUNDIAL
Em entrevista concedida ontem, ele disse que, em relação ao Brasil, "todo mundo se esquece de que a base de comparação atual sobre o crescimento da economia é o ano de 2008, quando o marco foi zero em consequência da crise mundial.
Por isso, o crescimento, até os dias atuais, pode ser considerado fraco".

O País está apenas começando na retomada do crescimento, diz o economista. Por isso, na opinião do presidente da CNDL, "ao invés de desacelerar, (o Brasil) precisa mesmo é de acelerar, obviamente com o cuidado de não agravar a inflação".

Ele lembrou ainda que o governo pode lançar mão de "impostos regulatórios", como é o caso do Imposto sobre Importação ou tomar medidas como a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre investimentos estrangeiros no País, que foi aumentado nesta semana de 2% para 4%, numa tentativa de estancar a desvalorização excessiva do dólar.

GASTO PÚBLICO
Pellizzaro aconselha que a redução do gasto público é oportuna em qualquer ocasião, tendo em vista que essa conta está elevada, e que o governo não adote meramente uma receita para evitar superaquecimento da economia.

Ele alertou ainda para a importância de se pensar na sustentabilidade da economia depois dos investimentos em infraestrutura que serão feitos em função da Copa do Mundo de 2014.




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