Dois ministros israelenses, o dos Transportes Shaul Mofaz e o de Infra-Estruturas Binyamin Ben Eliezer, reiteraram nesta sexta-feira a posição favorável a uma trégua com o Hamas, caso o grupo radical faça uma proposta que o governo considere confiável.

"Se recebermos uma oferta séria de trégua da parte do Hamas, acredito que deveríamos examiná-la seriamente", declarou Mofaz, vice-premier e membro do partido Kadima do primeiro-ministro Ehud Olmert.

Mofaz descartou a possibilidade de negociações diretas e de caráter político com o movimento islamita - que em junho tomou o poder na Faixa de Gaza -, enquanto o grupo não reconhecer Israel.

No entanto, cogitou a possibilidade de manter contatos com a intermediação do Egito.

"Se o Hamas apresentar uma proposta séria de trégua prolongada, acredito pessoalmente que Israel não deveria rejeitá-la", declarou Ben Eliezer.

"Não é indispensável que o Hamas reconheça Israel previamente. O essencial é que interrompa os disparos de foguetes e outros ataques contra Israel a partir de Gaza e se comprometa a impedir o contrabando de armas através da fronteira com o Egito", acrescentou Ben Eliezer, ligado ao ministro da Defesa Ehud Barak.