Com a aproximação do dia das Mães, lojistas da região comemoram a melhor data para a venda de flores no ano, e esperam elevar as vendas em 50% apenas neste fim de semana. Se comparado ao mesmo período do ano passado, floristas contabilizam saída até 15% maior.

"É, definitivamente, a melhor data para vendas. Esperamos comercializar mais do que no ano passado por que todas as flores estão muito bem cultivadas", conta Florismundo Costa, dono de cinco floriculturas em Diadema. Sem contar que, à época, em 2009, a crise econômica diminuiu o poder de compra do consumidor.

Segundo ele, os comerciantes comemoram o possível aumento pois, nos últimos anos, as flores têm perdido espaço. "O celular tomou um pouco do lugar da flor, mas hoje já não há tanta a euforia pelos aparelhos, o que nos favorece um pouco."

A comparação com a venda de celular é justificada. O arranjo de flores na região está custando, em média, R$ 60 - fica 10% mais caro em datas comemorativas. No entanto, o preço das rosas pode sair o dobro do que o encontrado em dias normais.

Apesar do aumento, floristas afirmam que perdem margem de lucro para não repassar a totalidade do reajuste ao cliente e evitar, assim, o encalhe nas vendas.

"Se repassássemos o valor todo seria inviável para o consumidor comprá-las. Preferimos perder a margem de lucros e garantir maior movimento", conta o dono da Cristina Flores, em Mauá, Márcio Yamaushi.

O preço alto também é minimizado, de acordo com os profissionais, pela qualidade dos produtos na data. Quem optar pela flor como presente, também não terá dificuldades em encontrá-las. "Nesta época caprichamos nos estoques", diz Costa, de Diadema.

ITEM DO DESEJO
Questionados, floristas são unânimes sobre o item de desejo nas lojas para a data: as rosas devem abocanhar 80% da demanda esperada para a data. "A rosa é o carro chefe, dominando 80% da procura. Porém os vasos plantados, como orquídeas e begônias, também têm seu espaço", afirma Costa.

O florista alerta que, para aqueles que gostam de caprichar no presente e estão com dinheiro extra, há também a possibilidade de variar um pouco na escolha da rosa. "Além da rosa normal, temos também a colombiana, muito mais bonita. A durabilidade também é maior, vive mais do que o dobro da convencional".

Por outro lado. segundo ele, a colombiana custa 200% mais. "Mas a qualidade é indescritível."

Mercado de Flores deve receber dobro de visitantes

Para abastecer comerciantes regionais, o Mercado de Flores da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) trabalha com a estimativa de dobrar o número de visitantes que passam pelo estabelecimento comercial diariamente.

Normalmente o público chega a aproximadamente 1,5 mil. A expectativa para os dias que antecedem a data é de aumentar em até 50% o movimento, o que corresponderia a 3 mil visitantes por dia.

Segundo o técnico agrícola e responsável pela organização do mercado, José Marcelo Lisboa, os valores dos produtos devem sofrer ligeira oscilação nestes dias, principalmente para os ramos das flores de corte - como tango, rosas e áster, e de vasos, como begônias, tulipas e orquídeas. "Para presentear as mães, o local dispõe dos mais variados tipos de flores", afirma Lisboa.

O maior movimento, no entanto, é esperado para hoje, com atendimento das 5h às 11h. Vendedores do espaço afirmam que esperam dobrar a saída de produtos.

"Sempre tem algum aumento nos preços, mas tudo depende da produção dos itens. Nesta semana a movimentação ainda estava devagar porque a estação de corte começa hoje. A maior procura acontece mesmo nos últimos dias e dá para vender até 50% a mais", conta Sidlei Ederson Mendes, vendedor do espaço.

O Mercado de Flores funciona de quarta-feira a sábado, das 5h às 11h. Oferece variedade de flores, folhagens, acessórios para flores, componentes para coroas de flores, forração, bonsais e paisagismo como arranjos artificiais, árvores de pedra e enfeites para jardim.

O público frequentador do local é constituído, em sua maioria, por lojistas floricultores. Entretanto, tem crescido consideravelmente o público alternativo, composto por famílias e apaixonados pelo segmento. (da Redação)