O deputado estadual Campos Machado (PTB) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa que propõe incetivos para o Estado com objetivo de substituir a lavagem de automóveis pelo método convencional, que utiliza água e sabão, pela limpeza a seco.

A intenção do petebista é contribuir para economia de água, já que São Paulo vive intensa crise hídrica e tem 26 milhões de veículos registrados em seu território, a maior frota entre os Estados brasileiros.

“O projeto não visa apenas o presente, mas preocupa-se sim com o futuro da água do nosso Estado para as próximas gerações”, considerou o parlamentar.

Intitulado de Programa Estadual de Incentivo ao Uso de Produtos Biodegradáveis para Lavagem e Higienização a Seco em Veículos, o Lavseco, proposto por Campos Machado, prevê duas modalidades de incentivo fiscal.

A primeira visa garantir vantagens para compradores dos produtos que permitem a limpeza sem água. O segundo ponto é desconto tributário para companhias que costumam oferecer o serviço de lavagem como, lava-rápidos, postos de combustível e concessionárias.

Caso a proposta seja aprovada em plenário, as regras para desoneração fiscal, no entanto, seriam organizadas pela Secretaria da Fazenda do Palácio dos Bandeirantes.

O texto abre espaço para o governo do Estado fomentar o empreendedorismo no ramo de lavagens de automóveis a seco e sugere ainda que o Executivo paulista promova campanhas educativas para incentivar os cidadãos a utilizarem o serviço. É determinação do projeto que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário implementem gradativamente o programa Lavseco.

Na justificativa da proposta, o deputado destaca que “em lavagem convencional, com mangueira, em casa, cidadão pode consumir mais de 400 litros de água para lavar um simples carro. No caso do lava-rápido, que possui equipamento profissional, o consumo varia entre 80 e 120 litros por automóvel”. Com base nos dados, Campos Machado justifica que, em média, os 26 milhões de veículos do Estado consomem 80 litros para serem limpos.

“O consumo de água com lavagem de automóveis chega ao astronômico desperdício de 2.116.641 litros de água. No sistema de higienização a seco, existem produtos que consomem apenas 25 mililitros de água por veículo. A mesma frota do Estado de 26 milhões, ao ser limpa a seco, consumiria apenas 661,5 mil litros de água. Significa redução de 320.000%, só neste segmento”, argumentou o petebista.

Outro ponto positivo da lavagem a seco colocado pelo deputado estadual é que os produtos utilizados são biodegradáveis. “Não causam danos à natureza e aos seres humanos, principalmente àqueles trabalhadores do setor, como os lavadores de carros. Os resíduos destes produtos, com a chuva, poderão chegar aos rios, córregos e ao solo sem provocar contaminações químicas”, destacou Campos Machado.