Economia Titulo Primeira necessidade
Cesta básica na Capital sobe 0,16%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/10/2011 | 07:08
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Impulsionada por itens como a banana, que subiu 5,46%, e o açúcar (2,18%), o custo da cesta dos alimentos básicos na Capital paulista teve ligeira alta de 0,16%, passando a R$ 267,19 no mês passado, segundo dados da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

O responsável pela publicação do levantamento - realizado em 17 capitais do País -, José Maurício Soares, explicou que a variação expressiva da fruta que liderou a alta ocorreu, sobretudo, por causa de enchentes no Vale do Ribeira. Com isso, diminuiu a oferta e os valores aumentaram.

No caso do açúcar, segundo o analista, condições climáticas desfavoráveis em outras regiões do Estado contribuíram para reduzir a safra. Além disso, as exportações do produto também reduzem a quantidade à venda no mercado interno, fazendo com que os preços subam.

Por sua vez, o principal destaque que puxou para baixo o custo da cesta em setembro foi o tomate (queda de 5,26%). Apesar da variação negativa, esse item, frente a igual mês de 2010, ainda contabiliza elevação significativa (33,88%). Por essa comparação, dois produtos - o arroz (-9,41%) e o feijão (-3,65%) - estão mais barato hoje do que há 12 meses.

JORNADA - Em São Paulo, o trabalhador que recebe salário-mínimo (R$ 545) leva atualmente 107 horas e 51 minutos para conseguir adquirir os alimentos básicos para sua sobrevivência. É praticamente a metade (15 dias) da jornada de trabalho para conseguir obter seu rendimento. É quase o mesmo tempo que ele levava em agosto (107 horas e 41 minutos), mas representa três horas a mais que o registrado em setembro de 2010 (104 horas exatas).

Quem recebe o mínimo, deixa 49% de sua renda nos supermercados.

NECESSÁRIO - Com base no preceito constitucional de que o salário-mínimo deveria suprir despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte e lazer, o Dieese calcula mensalmente o mínimo necessário. Em setembro, seu valor foi estimado em R$ 2.285,83, ou seja, 4,19 vezes o mínimo em vigor. Em agosto, o piso necessário era calculado em R$ 2.278,77.




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