Duas semanas após receber alta do Hospital Albert Einstein, onde tratou infecção generalizada de origem intestinal, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), declara dedicação total em ir para as ruas para defender seus 12 anos de governo e a campanha de seu candidato à sucessão, Donisete Braga (PT). Assim como outros líderes petistas, o chefe do Executivo prega a comparação entre os três mandatos do partido e as administrações que comandaram a Prefeitura nos outros 46 anos da cidade.

Segundo Oswaldo, "a história mostra" que a continuidade dos projetos de sua gestão depende da vitória de Donisete. Ele cita a construção da sede do Corpo de Bombeiros no Jardim Zaíra, do Cras (Centro de Referência em Assistência Social) da Vila Mercedes, de escola de Educação Infantil na Vila Assis, e a urbanização do Jardim Oratório e do morro do Chafic como algumas obras que podem ser interrompidas caso o PT deixe o Paço.

"Em 2004 deixamos o projeto pela urbanização do Oratório. Estava tudo encaminhado com o Olívio Dutra (então ministro das Cidades), mas o outro governo (de Diniz Lopes e Leonel Damo) não teve disposição em tocar", critica. "Quando voltamos (em 2009), demos continuidade aos projetos do Leonel: a feira noturna da Avenida Portugal e o café da manhã no terminal rodoviário. Infelizmente só deixaram isso. Acredito que a administração não pode ter descontinuidade. Mas toda vez que esse pessoal volta, joga tudo para o buraco."

Com a boa saúde recuperada, o prefeito anuncia que acompanhará Donisete em ato amanhã com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. "Vou para os comícios, ajudar na coordenação da campanha e no que mais for preciso porque não tenho dúvidas de que o Donisete é o melhor candidato", diz, classificando a comparação do antes e depois do PT como o "pilar" da eleição. "Em 12 anos construímos 20 escolas. Os outros também fizeram 20, mas em 46 anos."

Oswaldo coloca a candidata Vanessa Damo (PMDB) como "legítima representante" do grupo do pai, Leonel Damo. "É da mesma linhagem. Tem o DNA garantido. Não existe nenhuma visão que possibilitaria a ela dar uma mudança que não fosse na mesma direção da dada por seu pai e pelo grupo que arruinou Mauá."

LEGADO

Oswaldo Dias expõe como marca de seu terceiro mandato à frente da Prefeitura a consolidação da rede de proteção social, o que foi possibilitado com a construção de oito Cras. "Estabelecemos processo de cidadania, localizando (mediante a conclusão de cadastro) e socorrendo as pessoas necessitadas", afirma. "Hoje vereador não perturba. Antes, quando surgia algum caso de pessoa necessitada, vereador colocava debaixo do braço e ia buscar atendimento."

O chefe do Executivo permanece sem bigode, sua marca há quatro décadas, que foi obrigado a retirar durante a internação. "Vou ficar mais um tempo assim. Minha família não está gostando, acha que não sou eu, mas eu estou."