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Maluf nega ter contas no exterior e desafia presidente de CPI
Do Diário OnLine
08/09/2001 | 14:33
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O ex-prefeito Paulo Maluf voltou a negar que possua contas bancárias em paraísos fiscais. Ele desafiou a vereadora Ana Martins (PC do B), presidente da CPI da Dívida Pública, a informar quais ligações que ele ou seus familiares fizeram para a Ilha de Jersey, no Canal da Mancha, ou para Genebra, na Suíça.

Nesta sexta, o jornal suíço Les Temps afirmou que Maluf teria cerca de US$ 300 a US$ 500 milhões depositados no Citibank de Genebra. De acordo com a reportagem, a fortuna já foi transferida da instituição — possivelmente para algum paraíso fiscal. No entanto, enquanto estava no Citibank, era considerada a maior aplicação do banco suíço.

Em nota divulgada na noite de sexta, Maluf disse que a notícia é mentirosa e que ele e seus familiares não têm e jamais tiveram contas bancárias na Suíça.

A vereadora Ana Martins divulgou nesta semana que a quebra do sigilo telefônico do ex-prefeito revela diversas ligações feitas para a Ilha de Jersey e Suíça.

Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de imprensa do ex-prefeito de São Paulo.

"Maluf desafia novamente seus detratores. Como não há conta bancária dele em Jersey, agora tentam inverter a mentira que inventaram com outras calúnias. Paulo Maluf está convidando pela sétima vez a vereadora Ana Martins a que informe quais ligações teriam sido feitas de telefones dele ou por ele para a ilha de Jersey, com o tempo de cada ligação, para quem elas foram feitas e em que dias.

A vereadora declarou publicamente no último fim de semana que essas ligações de Maluf para a ilha de Jersey existem, mas, até agora, não demonstrou que tenha consigo, como disse que tinha, qualquer prova, evidência ou vestígio sobre a mentira que divulgou.

Da Suíça, vem agora a falsa notícia, divulgada pelo jornal "Les Temps", que se baseia em outro jornal de Genebra, "Tribune de Genève", igualmente mentirosa.

O jornal "Les Temps" diz que Paulo Maluf manteve depósitos bancários na Suíça, cita o jornal rival e fontes financeiras que jamais identifica. Paulo Maluf e familiares não têm e jamais tiveram contas bancárias na Suíça. São dados mentirosos, como Maluf já disse, fornecidos por um falso informante internacional e que agora tem o seu orçamento mensal engordado pelo PT de São Paulo.

Paulo Maluf é a favor de que todos sejam investigados, porém dentro da [sic" lei determina, pois é através da verdade que se desmascara a mentira. O que está acontecendo agora é que, como Paulo Maluf não tem conta bancária em nenhum lugar do exterior, passaram a manipular com mentiras dados protegidos pelo segredo de Justiça, decorrentes da quebra do sigilo telefônico do ex-prefeito de São Paulo, para tentar prejudicá-lo.

A violação do sigilo de telecomunicações é crime que sujeita o infrator a prisão de até quatro anos e à perda do cargo, no caso de autoridades. Maluf e seus advogados processarão criminalmente quem divulgou publicamente detalhes de seu sigilo telefônico, para colocar na cadeia os responsáveis pela divulgação de dados sigilosos.

Nesse novo enfoque na campanha contra Maluf não hesitam em invadir a privacidade da família do ex-prefeito, para espalhar mentiras sem consistência. Através de listas com ligações telefônicas para o exterior, que deveriam estar, como diz a própria lei, sob o resguardo da Justiça.”




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