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Ribeirão não paga fornecedor e afeta funcionamento do Hospital São Lucas

Sem receber desde julho, locadora de equipamento à unidade rompe acordo

Vitória Rocha
Especial para o Diário
20/10/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Prefeitura de Ribeirão Pires deixou de pagar a empresa Oxy System, fornecedora de equipamento para o Hospital Maternidade São Lucas, e afetou seu funcionamento. Pacientes não podem realizar exames mais complexos e o prédio ficou fechado na terça-feira, o que motivou até ação civil pública movida pelo Ministério Público.

A equipe do Diário esteve no local e, sem se identificar, constatou que o hospital não teve seu pleno funcionamento na terça-feira, apenas abriu com a presença de ginecologistas, sem realizar as demais atribuições ou atender outros tipos de pacientes. Ontem, a unidade de Saúde estava com atividade reduzida, sem máquina de raio X e ainda impossibilitada de prestar serviços para adultos. De acordo com as atendentes do hospital, apenas gestantes e crianças estavam recebendo atendimento ontem e os demais deveriam seguir para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas Santa Luzia.

Diante da situação, na terça-feira o juiz Walter de Oliveira Júnior, da 1ª Vara de Ribeirão, aceitou representação do MP contra o prefeito Saulo Benevides (PMDB) e contra o ex-secretário de Saúde e Higiene Gerson Constantino (PMDB), determinando a reposição dos equipamentos para que o hospital voltasse a funcionar normalmente, sob pena de multa diária de R$ 20 mil para cada um dos políticos.

No documento, o magistrado apontou que a gerente financeira da Oxy System, Andréa Fagian, “explicou que a retirada dos equipamentos ocorreu pelo vencimento do contrato de locação celebrado com a Prefeitura de Ribeirão Pires, sem o recebimento de qualquer pagamento, com prévia notificação da locatária no dia 28 de setembro, autorizada a retirada pelo corréu Gerson”. Pelo Portal da Transparência, a Oxy System, admitida por licitação em julho, nunca recebeu pelo serviço prestado.

Questionado sobre a situação, o prefeito negou ter sido notificado sobre a medida. “O Ministério Público acha que vamos paralisar o atendimento (por isso entrou com a ação), mas não vamos. Vamos resolver isso”, disse.  




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