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Dilma fala sobre dossiês
09/08/2010 | 07:44
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Para defender-se das recentes polêmicas sobre criação de dossiês por petistas contra adversários, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, citou ontem o escândalo dos grampos das privatizações do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Se for fazer vinculação de denúncias de pessoas que integram governos, levantemos de todos e não só os meus. Me parece bastante eleitoreira essa tentativa de vinculação", disse a ex-ministra.

"É possível que a imprensa levante tudo o que aconteceu em governos anteriores. Por exemplo, todos os grampos que ocorreram durante as privatizações no BNDES. Atingirão, por acaso, o candidato da oposição, o meu adversário, José Serra? Então acho que como aquilo não atinge, isso (dossiês) também não tem nada a ver com minha campanha", disse, durante visita à feira em Ceilândia, no Distrito Federal.

A ministra referiu-se aos processos de privatização de estatais no governo do tucano Fernando Henrique na segunda metade da década de 90. Conversas telefônicas revelaram indícios de que houve irregularidades e esquemas para favorecer empresas.

Ontem, Dilma foi questionada sobre reportagem publicada pela revista Veja neste fim de semana, em que Gerardo Xavier de Santiago, ex-assessor da Presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), afirmou que o fundo virou uma "fábrica de dossiês" contra a oposição ao governo Lula.

Em junho, uma crise atingiu a campanha de Dilma depois da revelação de tentativa de elaboração de dossiê, supostamente por pessoas ligadas à campanha dela, contra o candidato do PSDB, José Serra.

Ontem, a petista repudiou as ligações feitas entre sua campanha e esses episódios, como o da Previ. "Eu não acredito que tenha algo a ver isso com a minha campanha. Porque até essa questão de alguém acusar alguém tem que ser provada. Mas de qualquer jeito eu não tenho nenhuma vinculação, minha campanha não tem nenhuma vinculação com a Previ", afirmou.

PAGAMENTOS PENDENTES

A petista criticou ainda reportagem publicada ontem pelo Estado de São Paulo mostrando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará a seu sucessor bolo de pagamentos pendentes de R$ 90 bilhões. Será recorde, superando os R$ 72 bilhões de contas penduradas que passaram de 2009 para 2010, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique legou a Lula conta de R$ 22,6 bilhões. "Querem comparar um governo regido pelo fundo monetário com um governo que está com o País crescendo a 7%. Proporcionalmente é mais emprego, política pública, mais Saúde, melhoria nas condições da Educação brasileira. Resto a pagar é investimento", disse Dilma.

"Que história é essa de comparar restos a pagar de 2002 com o Brasil sem taxa de investimento, com queda violenta de atividade econômica, com crise fiscal violenta, com inflação saindo do controle e com dívida externa que chegou a colocar o Brasil de joelhos diante do Fundo Monetário?", afirmou a petista.




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