O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), afirmou que poderá dar espaço na direção do Imprerp (Instituto Municipal de Previdência) a servidores efetivos e que as mudanças feitas na autarquia – como a retirada da exigência de nível superior para cargos de direção – ocorreram apenas para adequação à lei federal. A maioria dos cargos na alta cúpula do instituto é de comissionados, mas o peemedebista garante que servidores técnicos poderão preencher as vagas de confiança.

O chefe do Executivo garantiu ainda que não vai colocar servidor sem formação superior para chefiar o instituto, atualmente sob a direção de Carlos Alberto Lima.

No início do mês, a Câmara aprovou projeto de Saulo que modificou a estrutura administrativa do Imprerp e extinguiu a necessidade de formação superior em determinadas áreas para a ocupação em cargos da direção da autarquia. Para preencher o posto de diretor executivo, por exemplo, era necessário diploma em Ciências Contábeis, Administração ou Economia – o Paço entende que formação técnica é suficiente para ocupar o posto.

“Não queremos tirar a exigência de formação superior para contratar gente sem diploma. O que fizemos foi adequar os cargos à legislação federal e permitir que profissionais formados em outras áreas também possam atuar em alguns cargos”, destacou o peemedebista. “Algumas áreas, inclusive, poderão ser preenchidas por profissionais efetivos que tenham formação necessária para desempenhar tal função”, frisou.

Outra mudança promovida pelo chefe do Executivo foi retirar o auxílio-doença da base de contribuição previdenciária. A administração entende que o repasse é indevido, já que a Prefeitura arca com as despesas de afastamento de servidores. O prefeito estuda formas de como o instituto poderá devolver cerca de R$ 2 milhões aos cofres da administração, referentes a cinco anos de contribuição.

ARTICULAÇÃO
Desde que Saulo iniciou as mudanças no Imprerp, o ex-prefeito e atual secretário adjunto de Esporte, Lazer e Juventude do Estado, Clóvis Volpi (PTB), tem atuado no bastidor para barrar as alterações.

O petebista articulou junto a vereadores emenda ao projeto de Saulo que garantia que os recursos do fundo do instituto não fossem utilizados pela administração. Na ótica do ex-prefeito, extinguir o auxílio-doença da base de arrecadação do Imprerp compromete o caixa da autarquia. Volpi não descarta entrar na Justiça para derrubar as mudanças no instituto.