Política Titulo Mauá
Donisete diz entender impasse na Câmara

Falta de consenso entre Luos e Código de Obras, prioritários para o Paço, trava projetos no Legislativo

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
18/04/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), disse que entende o atraso da Câmara em votar os projetos “estruturantes” do Executivo, como a Luos (Lei de Uso e Ocupação do Solo) e Código de Obras. O impasse ocorre por conta da disputa entre a bancada governista e o G-11, bloco independente de vereadores que pedem tempo para analisar os projetos.

Para justificar a situação na Câmara, Donisete utilizou como exemplo a relação da presidente Dilma Rousseff (PT) com o PMDB no Congresso Nacional, partido do vice-presidente Michel Temer, e principal aliado do governo. No mês passado, o Planalto enfrentou uma ala de aliados rebeldes. “Não há Câmara sem conflito. A Dilma tem problemas com o PMDB, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também, é natural. Agradeço à Câmara por ter aprovado todos os meus projetos e não tenho visto ninguém se declarar como oposição. Não podemos empurrar a ferro e fogo esses projetos”, afirmou o petista.

Em contrapartida, o prefeito reforçou a importância das propostas para o governo e pediu sensibilidade aos vereadores na votação. “A Luos e o Código de Obras são projetos inovadores que vão organizar o crescimento da nossa cidade. São projetos estruturantes que vão organizar a vida urbana e serão exemplos a serem seguidos por outras cidades. Mauá será modelo de modernização”, explicou.

O G-11 tem dito que precisa de mais tempo para discutir emendas aos projetos. “O governo não se negou ao diálogo. Aceitamos algumas emendas. O governo é flexível, já fizemos uma série de reuniões com o secretário (de Planejamento Urbano) José Afonso (Pereira)”, afirmou Donisete. O pano de fundo da disputa do grupo independente em cima das propostas é disputa por espaço na Prefeitura. A maioria dos vereadores fez indicações de, pelo menos, sete nomes para ocupar cargos comissionados. O grupo quer ampliação da cota e mais agilidade no atendimento de solicitações assistencialistas em serviços públicos como a marcação de consultas e vagas nas redes de Saúde e Educação.

A queda de braço gerou o adiamento por seis sessões da Luos e por duas do Código de Obras. O segundo projeto entrou na ordem do dia com atraso por conta de manobras da Comissão de Cultura – dominada pelo G-11 –, que estendeu até o limite o prazo para emitir o parecer. Os projetos só retornam ao plenário dia 29.




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