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Trabalhadores promovem hoje marcha em Brasília
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
05/12/2007 | 07:02
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As centrais sindicais se unem nesta quarta-feira para promover a 4ª Marcha do Trabalhador, em Brasília. Contudo, diferente dos outros anos em que o salário mínimo era o tema principal, neste ano o foco será na redução da jornada de trabalho e geração de emprego.

A expectativa é que 30 mil trabalhadores caminhem em direção ao Palácio do Planalto onde serão recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por volta das 15h. Do Grande ABC, o esperado é que cerca de mil trabalhadores estejam na marcha.

No encontro entre líderes sindicais e Lula, será entregue um documento com os principais eixos da marcha deste ano: redução da jornada para 40 horas semanais, mais e melhores empregos e investimento em políticas públicas.

Segundo o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, com a redução das atuais 44 horas para as 40, cerca de 2,5 milhões de empregos podem ser gerados, com base em um estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

“Isso teria de vir junto com a regulamentação da terceirização e da hora extra”, comenta o cutista.

E é aí que entra o segundo eixo, que se coloca a favor do combate à informalidade, terceirização e precarização das relações do trabalho. “É o trabalho para os excluídos”, afirma Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).

As centrais também reivindicam a ratificação das convenções 151 (que garante as negociações coletivas e o direito de greve do setor público) e 158 (que coibe as demissões sem justa causa) da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Já o último e mais abrangente – atinge todos os trabalhadores – é o investimento em saúde, previdência, educação, entre outros.

“A manifestação popular é um exercício da democracia. Não estamos apenas reivindicando, mas mostrando que estamos fiscalizando o governo”, afirma João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.

Regulamentação - O reconhecimento das centrais sindicais conquistado no Senado também dá um novo fôlego para o movimento.  Nesta terça-feira, o ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi afirmou que um projeto para modificar a contribuição sindical será entregue em fevereiro para a Presidência da República.



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