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Quatro municípios da região omitem gastos com pandemia

Diadema, Mauá, Ribeirão e Rio Grande esconderam dados pedidos pelo Diário; outras
três cidades investiram quase R$ 1 bi

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
05/10/2021 | 01:00
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Nario Barbosa/ DGABC


Quatro cidades do Grande ABC, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, omitiram os gastos que tiveram durante a pandemia da Covid. O Diário questionou na quinta-feira todas as administrações da região e apenas os paços de Santo André, São Bernardo e São Caetano retornaram à demanda, informando o dispêndio de R$ 928 milhões para o combate ao coronavírus.

O gasto equivale ao período de março de 2020, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu alerta de pandemia, até setembro. Estão inclusos no valor desde a manutenção de centros médicos, testes para detectar a Covid e até campanhas para motivar a população a se vacinar.

Das prefeituras que responderam ao questionamento do Diário, São Bernardo foi a cidade que mais empenhou recursos para combater o avanço do coronavírus. Desde o início da crise sanitária, o Paço da cidade empenhou R$ 487 milhões na luta contra a doença. Ainda que seja o município que mais despendeu valores, São Bernardo foi a única entre as três cidade que não instalou hospital de campanha.

Todo o valor gasto na pandemia em São Bernardo, equivale a 9,5% do orçamento que foi aprovado para o ano de 2019, quando o município não atravessava momento de crise sanitária. Naquela ano, o Legislativo aprovou peça orçamentária de R$ 5,1 bilhões.

Santo André aparece na segunda colocação de gastos para combater a Covid. Desde o ano passado a cidade liquidou R$ 252 milhões para impedir o avanço da doença. A Prefeitura andreense chegou a implementar três hospitais de campanha – no Estádio Bruno Daniel. no ginásio da UFABC (Universidade Federal do ABC) e no Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia. Somente o valor destinado no combate ao coronavírus equivale a 10,3% do orçamento aprovado para cidade em 2020, que foi de R$ 2,4 bilhões. No ano passado, por exemplo, o município empenhou R$ 123,79 milhões e liquidou, ou seja, gastou R$ 113,3 milhões. Já até o mês de setembro de 2021, Santo André empenhou R$ 168,37 milhões e liquidou R$ 138,7 milhões.

O Paço de São Caetano, somente no combate à Covid, despendeu R$ 189,8 milhões desde o início da pandemia. Do valor total, R$ 82.874.306 foram empenhados no ano passado e o restante, R$ 121,8 milhões neste ano. O valor equivale a 15% de todo o orçamento da cidade que foi aprovado para este ano, no valor de R$ 1,161 bilhão. São Caetano também manteve hospital de campanha até setembro.

ORÇAMENTOS DE SAÚDE

O valor utilizado por Santo André para o combate da crise sanitária equivale a 39,3% do orçamento que foi destinado à pasta de Saúde em 2020, que foi de R$ 640 milhões. Já em São Bernardo, o total empenhado pela administração equivale a 41,2% do montante destinado à Saúde na peça orçamentária aprovada para este ano, que foi de R$ 1,18 bilhão. Por fim, em São Caetano, o valor destinado ao combate do novo coronavírus equivale a 44,2% do montante destinado à secretaria de Saúde, que foi de R$ 427,1 milhões.  




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