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Em reconstrução, São Caetano recebe Red Bull Bragantino

Campeão da Série A-2 de 2020, time quer deixar para trás os vexames dentro de campo e as dívidas fora das quatro linhas

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
03/03/2021 | 00:01
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DÉREK BITTENCOURT
derekbittencourt@dgabc.com.br
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Depois de viver um turbilhão de emoções no segundo semestre do ano passado, quando foi da fama à lama – passando de campeão estadual da Série A-2 para alvo de funcionários na Justiça e presa fácil de adversários na Série D do Brasileiro (com direito a WO e goleada por 9 a 0 sofrida para o Pelotas-RS) –, o São Caetano chega como uma incógnita para sua estreia no Campeonato Paulista, às 19h, contra o Red Bull Bragantino, no Estádio Anacleto Campanella. O ex-volante Fabinho Félix assumiu como coordenador geral, trouxe o técnico Wilson Junior e ambos são os responsáveis pela montagem do elenco, completamente reformulado, mas que conta com o retorno de um ídolo: o goleiro Luiz, 38 anos, campeão paulista pelo Azulão em 2004.

“O momento é de reconstrução. Apesar das dificuldades do ano passado, a tendência é que com os atletas que chegaram haja um compromisso maior com a entidade. E é oportunidade para aqueles que nunca disputaram um Paulista, que é o melhor estadual do País”, afirmou o arqueiro.

Logo de cara os são-caetanenses têm desafio gigante pela frente, caso do Red Bull Bragantino, que está na Série A do Brasileiro e goza de alto investimento – consequentemente, conta com jogadores de ponta. “É um grande time, muito bem treinado, grande estrutura, um dos candidatos ao título do Campeonato Paulista. Temos de estar com nível de concentração elevadíssimo. Nossos jogadores foram chegando aos poucos, vão continuar chegando ainda, mas buscamos ter equipe organizada e competitiva. Esse é nosso principal objetivo”, disse Wilson Júnior.

Outro dos reforços, o atacante Luizinho – emprestado pelo Ituano – acredita em sucesso imediato do Azulão. “Fizemos uma excelente preparação e estamos confiantes em ter um bom resultado nesse primeiro jogo já. Sabemos da dificuldade, mas iremos com tudo”, declarou o jogador.

Prestadora de serviços pede falência do Azulão

Apesar de tentar utilizar o Paulistão como ponto de apoio para se reerguer, o São Caetano ainda sofre com fantasmas do passado e foi surpreendido com uma ação de pedido de falência da empresa, que gere o futebol do Azulão. Quem entrou com requerimento que tramita na 3ª Vara Cível são-caetanense, foi a World Sports, firma que cuidava do gramado do Estádio Anacleto Campanella e que ingressou com o processo depois de muitas tentativas frustradas de receber os pagamentos referentes aos serviços realizados entre agosto e novembro de 2019, dívida que chegou a R$ 99.944,11. Sem respostas ou acordo e utilizando outras 116 ações contra o clube no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para sustentar seu pedido, a prestadora ingressou com a pretensão falimentar.

Segundo a World Sports, entre agosto de 2017 e dezembro de 2018 o São Caetano arcou normalmente com o contrato inicialmente firmado entre eles para fornecimento de mão de obra especializada para manutenção de gramado esportivo. Neste período, o custo mensal do Azulão era de R$ 14,5. Em janeiro de 2019 um novo acordo foi fechado, por R$ 15,6 por mês e, no entanto, a partir de agosto, o clube deixou de pagar, tendo o vínculo sido rompido pela prestadora em novembro “após tentativas amigáveis” de conversa e acordo. A empresa alega ainda que em dezembro de 2019 recebeu como argumento do São Caetano que “estava em situação falimentar”.

De acordo com o departamento jurídico do Azulão, entretanto, “é situação já resolvida entre o clube e a empresa credora”, e que “houve cobrança judicial que já foi acordada”, para quitação do valor e consequentemente a extinção do processo. 




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