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IRA acusa procurador-geral da Colômbia de desinformação
Das Agências
12/08/2002 | 11:57
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O Sinn Fein, braço político do IRA, acusou nesta segunda-feira o procurador-geral colombiano de ser o responsável por uma campanha na mídia de 'desinformação', que privará de julgamento três irlandeses vinculados ao IRA detidos em Bogotá.

O procurador-geral Luis Camilo Osorio anunciou, em uma entrevista à britânica BBC, que dispunha de elementos que provam que o IRA (Exército Republicano Irlandês) testou armas na selva colombiana e colaborou com o treinamento de rebeldes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"As técnicas desenvolvidas pelas FARC nos últimos anos mostram que receberam assessoria técnica", garante Osorio. As FARC "utilizam técnicas similares às do IRA, em especial morteiros armados com um longo cilindro lança-foguetes".

Na semana passada, 16 dessas armas artesanais foram utilizadas em um ataque das FARC contra o Congresso de Bogotá, durante o juramento do novo presidente Alvaro Uribe em sua cerimônia de posse. Os foguetes mataram mais de 20 pessoas nas ruas da capital, sem atingir o prédio onde estava Uribe.

O IRA afirmou em várias ocasiões, que seu conselho militar, a instância mais alta da organização clandestina, não "enviou ninguém à Colômbia" e que não se envolve com assuntos desse país.

Três irlandeses próximos ao IRA, Niall Connolly, Martin McCauley e James Monaghan, estão detidos desde o dia 11 de agosto de 2001, acusados de colaboração militar com as FARC.

Eles são suspeitos de ter treinado os rebeldes colombianos na manipulação de explosivos e de ter utilizado documentos falsos. Seu julgamento deve começar em outubro.

Para Catriona Ruane, porta-voz da associação de apoio aos três homens, o procurador-geral colombiano "deveria evitar fazer comentários públicos sobre o assunto", que faz com que os três pareçam culpados antes de serem julgados.




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