O Banco do Sul será criado antes mesmo da definição dos pontos essenciais de seu funcionamento, como por exemplo a quota de cada país, o sistema de direito de voto e local da sede, afirmou nesta quinta-feira o secretário para Assuntos Internacionais do Ministério brasileiro da Fazenda, Luiz Eduardo Melin.

"Os ministros da Economia dos sete países participantes (Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela) concluirão no início de agosto, no Rio de Janeiro, uma Declaração Fundacional a ser rubricada pelos chefes de Estado, provavelmente este ano", afirmou Melin, acrescentando que isto não significa que o banco estará pronto para funcionar.

"Qualquer afirmação definitiva ou taxativa sobre todos estes pontos, capital, estrutura de voto, sede, etc, é uma especulação", destacou o responsável.

"A declaração fundacional denotará o compromisso dos presidentes com a instalação do Banco do Sul e a definição de sua meta. Todo o resto está em discussão e será objeto de apreciação política. Ainda não há nada de concreto", continuou.

As operações devem começar de qualquer forma em 2008: "Temos vontade de que seja o quanto antes possível. Não acredito que nenhum dos países que participam da negociação espere que o Banco entre em funcionamento depois de 2008", afirmou o funcionário.