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Acidente na avenida Guido Aliberti mata mulher
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
16/03/2005 | 14:29
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Uma mulher morreu e seu marido ficou gravemente ferido após choque frontal do Del Rey em que viajavam com uma picape Ranger. O acidente aconteceu às 14h de terça-feira na avenida Guido Aliberti, em São Caetano. A picape, que seguia no sentido Santo André, invadiu a pista contrária próximo a uma curva da avenida e chocou-se com o outro veículo.

A passageira do Del Rey, Sueli Lourenço de Melo, 57 anos, ficou consciente por alguns minutos após a colisão e morreu no hospital. Roseni Banachi de Melo, 60, que dirigia o carro, permanecia internado terça-feira à noite com suspeitas de traumatismo craniano na Unidade de Emergência do Hospital Heliópolis, na zona Sul da capital.

O acidente ocorreu debaixo de chuva, próximo a um trecho que passa por obras de recapeamento, no Jardim São Caetano. A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo o motorista da Ranger, Eduardo T. J., 22 anos. Foi aberto um inquérito para investigar se ele cometeu irregularidades. Eduardo sofreu escoriações no braço esquerdo e apresentava inchaço no rosto.

A Polícia Militar não encontrou testemunhas no local do acidente. A única versão apresentada no 3º DP de São Caetano foi a de Eduadro, motorista da picape, que estava a serviço de uma retífica de motores de São Caetano. Ele trabalha como motorista da empresa e estava a caminho de uma entrega de peças em Diadema. O veículo é propriedade da retificadora de motores.

Segundo Eduardo, ele trafegava a aproximadamente 60 Km/h quando tentou ultrapassar um caminhão, mesmo com forte chuva e próximo de uma curva. Ao alinhar a Ranger à esquerda do caminhão, teria percebido que um Tempra fazia retorno irregular no meio da avenida. Por não conseguir frear a tempo, teria jogado o carro na pista de mão contrária sem notar o Del Rey.

“Não vi risco na ultrapassagem. Estava numa velocidade controlável, com boa visibilidade”, afirmou o motorista da picape à reportagem. Em outro momento, ele se contradiz. Informa que não anotou as placas do caminhão nem do suposto Tempra porque “estava chovendo muito”, o que nesse aspecto teria dificultado sua percepção visual. “Se não fosse o Tempra, não haveria acidente”, disse Eduardo.

O motorista não quis revelar seu nome completo à reportagem, o que foi respeitado pelos policiais. Como ele não fugiu do local do acidente e prestou socorros às vítimas, não foi detido pela polícia. Mas depôs na delegacia. Só depois de verificar o laudo da perícia e encontrar testemunhas, a polícia resolverá se apresentará acusação contra Eduardo.

O delegado titular do 3º DP de São Caetano, Waldir Covino, evitou estender comentários sobre o acidente. “É cedo para fazer uma avaliação. A possibilidade de ele (Eduardo) ter cometido direção perigosa será investigada”, disse.

Roseni, o motorista hospitalizado, é residente no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo. O casal teve dois filhos.



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