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Fifa impõe Mundial de Clubes
Com Agências
17/05/2004 | 23:03
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Agora é para valer. Mais de quatro anos depois da primeira edição, o campeonato mundial interclubes, enfim, voltará a ser disputado. Nesta segunda-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou que a competição ocupará o lugar da Copa Toyota, contará com seis equipes e será realizada de 11 a 18 de dezembro de 2005 em Tóquio, no Japão.

O dirigente atacou o possível boicote do G-14, grupo que reúne as 18 equipes mais ricas da Europa, e garantiu que as seis confederações do mundo terão de colocar nos regulamentos de suas competições continentais cláusulas que obrigem os campeões a participar do Mundial. "Ainda que os clubes do G-14 digam que não querem, estarão no Mundial os ganhadores da Liga dos Campeões (Europa), da Copa Libertadores (América) e das competições continentais de cada confederação", assegurou Blatter.

Apesar de reconhecer o Corinthians como único campeão do mundo depois da conquista do 1º Mundial de Clubes, realizado em janeiro de 2000 no Brasil, a Fifa não fez nenhuma menção ao clube ou à primeira edição do torneio em seu comunicado oficial à imprensa divulgado nesta segunda-feira sobre a decisão de retomar a competição a partir do próximo ano. Na imprensa esportiva européia, que passa pela euforia das últimas rodadas dos campeonatos nacionais e da Eurocopa que inicia-se no próximo mês, o anúncio de Blatter não teve grande repercussão. O diário português A Bola chegou a noticiar em sua página na Internet que a edição de 2005 seria a primeira realizada pela Fifa.

Os membros do G-14 reclamam do excesso de jogos do atual calendário e para não participarem do Mundial decidiram entrar com mandato judicial no Tribunal da Suíça, sede da Fifa. Blatter classificou a atitude como uma "falta de disciplina e respeito". "Temos uma estrutura e caso um clube tenha algum problema deve entrar em contato com sua associação nacional, que levará o caso para o Comitê Executiva da Fifa", disse.

O dirigente destacou que a competição será anual e que nos dois próximos anos será realizada no Japão. A entidade distribuirá mais de 15 milhões de dólares em prêmios e pagará todos os gastos das equipes e delegações das confederações.

Doping – O futebol corre o risco de ficar de fora dos Jogos Olímpicos de Atenas se a AMA (Agência Mundial Antidoping) e a Fifa não entrarem em acordo. Nesta segunda-feira, o Comitê Executivo da Fifa informou que só assina o código mundial antidoping se a AMA manifestar-se por escrito aceitando as condições estabelecidas pela Fifa.

Blatter exige um tratamento individual ao jogadores de futebol e é contra a suspensão automática de dois anos. Apenas a Fifa e a UCI (União Ciclista Internacional) ainda não assinaram o código, e o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, já adiantou que as federações que não assinarem o documento não poderão participar dos Jogos Olímpicos.




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