Era para ser um simples amistoso. Mas depois da eliminação do Brasil da Copa América da Colômbia, em julho, com a derrota para Honduras, o confronto entre a Seleção Brasileira e o Panamá nesta quinta, às 15h15, em Curitiba (com transmissão da TV Globo), ganhou contornos de decisão. Sem Rivaldo, Élber, Lúcio e Júnior, barrados por seus respectivos clubes, e Belletti, contundido, o técnico Luiz Felipe Scolari terá de improvisar para tentar evitar um vexame inimaginável diante do 112º colocado no ranking da Fifa.

Mas se a maré já andava baixa para Scolari devido às ausências dos quatro “estrangeiros” no amistoso, ficou completamente “seca” quarta com a notícia de que o lateral-direito Belletti não terá condições de enfrentar os panamenhos. O jogador conseguiu o que antes parecia impossível: machucar-se e justamente com a bola. Segundo o médico José Luís Runco o atleta sofreu um estiramento no joelho esquerdo. “Ela (bola) atingiu com força o dedão do pé de Belletti, forçando o joelho”, disse.

O lateral-direito Alessandro, substituto natural de Belletti, não esteve bem durante o coletivo de ontem e chegou a ser substituído por Vampeta. Apesar da mudança, Scolari deverá manter Alessandro entre os titulares para agradar à torcida do Atlético Paranaense, equipe do jogador. Para piorar, Vampeta deixou claro após sua chegada a Curitiba que não pretende jogar na posição. No ataque, Marcelinho Paraíba deve ser titular. Edílson, Denílson e Euller lutam pela outra vaga.

O Panamá chegou ao Brasil crente de que poderá surpreender a seleção, principalmente após ter derrotado Honduras nas eliminatórias da Concacaf para a Copa de 2002. “Se Honduras venceu o Brasil (2 a 0, na Copa América), por que não podemos derrotá-los também?”, disse o zagueiro Guardia.

O técnico romeno Mihai Stoichita pode ser demitido a qualquer momento. Os dirigentes de futebol do Panamá não aceitaram ainda a eliminação da equipe da Copa Ouro, em julho, com a derrota para Cuba.