O acordo estabelece margens de preferência fixas sobre um universo de aproximadamente três mil subpartidas alfandegárias e terá um prazo de vigência de dois anos, detalhou o documento, que informou ainda que os delegados da CAN e do Brasil ``expressaram sua satisfaçao por esta importante conquista'.
As partes reforçaram ainda ``seu compromisso de fechar um acordo para a conformaçao de uma área de livre comércio entre a CAN (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e expressaram sua confiança em sua rápida conclusao'.
O comunicado informou que a CAN e o Brasil instruirao seus delegados ante a ALADI para que procedam, com rapidez, à subscriçao e protocolo do Acordo de Preferências Alfandegárias que entrará em vigor em 16 de agosto próximo e substituirá os acordos de alcance parcial vigentes, os quais serao prorrogados até esta data.
A reuniao entre os negociadores começou esta quarta-feira na sede da Comunidade Andina, em Lina, e se encerrou esta sexta-feira depois de três dias, mas o conclave, realizado a portas fechadas, teve que ser prolongado devido a complicaçoes de última hora.
Ao comentar o acordo fechado pela CAN e pelo Brasil, o diretor-geral da secretaria da Comunidade Andina, Víctor Rico, disse que este permitirá gerar novos fluxos de comércio e investimentos para um mercado de 265 milhoes de pessoas, entre as quais 105 pertencem à Comunidade Andina e 160 milhoes, ao Brasil.
``Ainda que nao seja um acordo de livre comércio, as preferências negociadas no acordo sao, em muitos casos, de 100% ou estao acima de 70%, o que permite um acesso bastante amplo de produtos das duas regioes para estes mercados', explicou.
Com relaçao às negociaçoes pendentes com os outros países-membros do Mercosul, Rico disse que o tema ainda nao foi avaliado a nível andino e que é muito provável que seja examinado pelos ministros do Comércio da CAN na reuniao prevista para o próximo dia 16.
Os negócios entre Brasil e os cinco parceiros andinos chegou a 3 bilhoes de dólares no ano passado, dos quais 999 milhoes corresponderam a exportaçoes dos países da comunidade, enquanto as importaçoes da regiao procedentes do Brasil somaram 2 bilhoes de dólares.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.