Interlocutor da discussão, Luiz Marinho aguarda a definição das cidades interessadas
Em pauta desde fevereiro, o debate sobre a instalação de um terceiro aeroporto na Grande São Paulo ainda não avançou. O projeto é debatido pelo Conselho de Desenvolvimento Metropolitano - formado pelos 39 municípios que compõem a região metropolitana do Estado - e tem o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), como coordenador e o chefe do Executivo de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli (PSD), como relator.
A definição das cidades que integrarão o grupo de trabalho é o primeiro entrave para a evolução do diálogo. Além de Mogi e São Bernardo - que pleiteiam o aeroporto - apenas Mauá está inscrita. "Não sei se terá mais alguma cidade (participando). Abrimos um tempo para quem quiser participar do grupo se inscrever", disse o prefeito.
Segundo o petista, o próximo passo será marcar uma reunião com o prefeito da Capital e presidente do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano, Gilberto Kassab (PSD), e com o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido. "Vamos marcar essa reunião e, a partir daí, botar o projeto em funcionamento".
Kassab defende que a construção de um terceiro aeroporto na Grande São Paulo seria uma alternativa à saturação que o setor enfrenta atualmente, contando apenas com as bases de Congonhas, na Capital, e Cumbica, em Guarulhos, para pousos e decolagens.
Uma das primeiras deliberações de Marinho na câmara temática é questionar a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) sobre quais as demandas que a companhia projeta para os próximos 30 anos, levando em consideração o aumento da procura por passageiros e a necessidade da economia brasileira de um grande aeroporto.
Projeto político - Trazer um aeroporto para São Bernardo é uma das empreitadas mais ambiciosas de Marinho, que encaminhou um projeto para a presidente Dilma Rousseff (PT), que analisa a proposta. Confiante em receber resposta positiva, o petista atribui a localização geográfica de São Bernardo como diferencial para ter sucesso na empreitada.
A princípio, o petista propôs a construção de um aeroporto de carga e aviação executiva, mas está disposto a modificá-lo se o governo federal tiver interesse numa infraestrutura comercial mais ampla.
Confiante em receber aval de Brasília, o prefeito petista salienta que o empreendimento pode complementar o aeroporto de Viracopos, em Campinas.
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