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Lula critica o PFL, a Polícia Federal, o governo e Serra
Por Do Diário OnLine
09/04/2002 | 14:07
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O pré-candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou nesta terça-feira o governo FHC, o PFL e o pré-candidato do PSDB à presidência, José Serra.

A primeira crítica de Lula foi para o que considerou uma “chantagem” entre o PFL e o governo. O petista afirmou que o partido de Roseana Sarney não deve vincular a votação de projetos na Câmara com o caso da empresa Lunus, mas a administração de Fernando Henrique não deve utilizar o poder para constranger os adversários.

“Se ela (Roseana) for inocente, que tenhamos a coragem de dizer. O que não pode é ficar essa chantagem do PFL e do governo, esse vota não vota”, afirmou Lula. Ele disse que o Ministério Público deve investigar denúncias contra qualquer político, mas criticou a intimação da Polícia Federal (PF) à ex-governadora do Maranhão no último domingo. “A PF não deveria ter intimado Roseana no domingo, poderia ser na segunda ou na terça. A governadora tem domicílio fixo e conhecido. Causou má impressão”, concluiu.

Lula também disse ser inadmissível o marido de Roseana, Jorge Murad, voltar ao governo do Maranhão. Murad, também acusado no caso da Lunus, havia sido exonerado da secretaria de Planejamento, mas acabou readmitido no governo, agora na secretaria de Ciência e Tecnologia. A volta de Murad ao governo garantiu que o casal seja investigado por foro especial.

Serra- O pré-candidato do PT também não poupou de suas críticas a José Serra. Lula ironizou o fato de Serra ter criticado a política de reajuste no preço dos combustíveis adotadas pelo governo. “Não sei até quando o Serra vai criticar o governo”. O petista brincou, dizendo que os jornalistas deveriam perguntar a Serra: “O senhor não era do governo até ontem?”.

Lula afirmou ser estranho os reajustes de combustível seguindo os preços internacionais do barril de petróleo. “Quando o barril estava a US$ 30,00 e caiu para US$ 12,00, o preço da gasolina não caiu”, lembrou.

A última crítica de Lula ao governo foi sobre a previsão de crescimento econômico de 4,5% a 5% neste ano, citada na segunda-feira por Serra. “O peixe morre pela boca. Vamos deixar as pessoas falarem, até caírem em contradição”, disse o candidato. Ele lembrou que seu partido sempre lembrou a importância do crescimento econômico para diminuir a desigualdade do país.




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