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Morando projeta inaugurar Fábrica de Cultura em 2019

São Bernardo e governo do Estado apostam que equipamento cultural será referência

Por Daniel Tossato
do dgabc.com.br
08/02/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e o secretário de Estado da Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão, projetaram abrir as portas da futura Fábrica de Cultura, instalada no imóvel onde funcionaria o Museu do Trabalho e do Trabalhador, até o fim do ano.

Ontem, Sá Leitão esteve em São Bernardo para vistoriar a estrutura, ao lado de Morando e da primeira-dama e deputada estadual eleita Carla Morando (PSDB). Segundo o prefeito, falta apenas a conclusão de uma perícia da PF (Polícia Federal) para que o prédio esteja liberado para se tornar, de fato, o equipamento estadual. “Buscando boa previsão, até o fim de ano teremos atividades aqui neste espaço”, relatou.

Caso a PF alegue que a perícia já esteja concluída, Morando disse que a Secretaria de Obras já trabalha na constituição de edital para remodelar o prédio, que, segundo o tucano, está 90% pronto.

“(A conclusão das obras) Já está no orçamento do município. Temos uma dotação de R$ 4 milhões para concluir, mas pode ser que fique menos (custoso)”, alegou. “Pegamos o que foi executado e o que falta. Com base no que falta, nós vamos licitar com recursos próprios”, acrescentou o tucano.

Após São Bernardo concluir as obras restantes, o prédio passará a ser gerido pelo Estado, que fará chamamento público para contratação de uma organização social para executar projetos culturais.

Pela importância arquitetônica e pelo tamanho do imóvel, Sá Leitão afirmou que a Fábrica de Cultura de São Bernardo pode se tornar marco para a cidade e para o Estado de São Paulo. “Aqui teremos uma Fábrica de Cultura 2.0, uma evolução em relação às demais fábricas que já temos no Estado”, afirmou o secretário.

Segundo o integrante do governo João Doria (PSDB), as fábricas podem formar 1.000 pessoas por semestre, entre alunos que participam de cursos mais longos e workshops. “O objetivo é formar 2.000 pessoas por ano, mas aqui (em São Bernardo) temos potencialmente espaço para um pouco mais do que isso.”

AÇÃO DA PF
Inicialmente pensado para abrigar o Museu do Trabalho e do Trabalhador, obra idealizada pelo ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT), o prédio foi alvo de Operação Hefesta da PF.

À época, secretários da gestão do petista foram presos, acusados de liderar esquema de superfaturamento. A Justiça Federal pediu a condenação de outros agentes públicos e empresários por fraudes na etapa de constituição do projeto básico e na execução.

Em um primeiro pedido de indiciamento, o MPF (Ministério Público Federal) argumentou que ao menos R$ 7,9 milhões haviam sido desviados. Oito meses após o primeiro indiciamento, a Justiça alegou que outros R$ 2,34 milhões foram superfaturados. Marinho, e os ex-secretários de sua gestão Alfredo Buso, José Cloves , Osvaldo Oliveira Neto e Sérgio Suster são alvos de inquérito. 




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