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Barman do ABC disputa campeonato de Coquetelaria
Por Alessandro Soares
Da Redaçao
01/07/2000 | 15:55
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Os barmen ganharao mais status com a realizaçao, pela primeira vez no Brasil, do Campeonato Mundial, em 2001, no Hotel Glória, no Rio. Para chegar lá, o representante brasileiro tem de vencer o 25º Campeonato Brasileiro de Coquetelaria, a ser disputado em Sao Paulo, no Hotel Hilton, no dia 22 deste mês. O Grande ABC participa da competiçao com Sandrelucio Rodrigues Pinho, profissional do Picanha Grill, de Sao Bernardo. Outra boa notícia para o meio culinário é o planejamento de um novo festival gastronômico, nos moldes do evento andreense, em agosto, em Sao Bernardo.

Para o campeonato brasileiro, organizado pela ABB (Associaçao Brasileira de Barmen), de Sao Paulo, Sandrelucio preparou um long drink, categoria pré-dinner (bebida doce aperitivo), que ele batizou de Aasa. A base de vodca, licor de frutas, suco natural de tangerina e curaçao red, o drinque é preparado como mixing glass, cheio de gelo. A decoraçao é um pedaço de tangerina e uma cereja. Segundo Sandrelucio, o nome Aasa é uma referência ao vôo. "Imaginei a pessoa bebendo o drinque e voando direto para o bufê", explica.

Outra bebida do barman na competiçao é Asa de Aguia, um after drink já inscrito no Festival de Drinques Tropicais à Base de Cachaça, que será realizado no mesmo dia do campeonato brasileiro. Desta vez, trata-se de um coquetel, feito com cachaça ouro (envelhecida em barris de carvalho), suco natural de tangerina, iogurte de pêssego, duas colheres de leite condensado, tudo batido na coqueteleira. Depois, a mistura é servida no copo e completada com um energético. A decoraçao, que também é avaliada, é uma rodela de laranja, um galho de hortela, uma cereja sobre a laranja e uma miniatura de guarda-chuva.

Com um destes, ele espera o primeiro lugar. Sua melhor colocaçao em competiçoes nacionais do gênero foi um 4º prêmio no Brasileiro de 1998, com o coquetel Titanic, um after drink feito à base de vodca, malibu, leite condensado, soda limonada e curaçao blue, acrescentado no fim. "Foi uma homenagem ao filme, que estava estourando na época. Esta bebida foi adotada no cardápio da Academia da Cerveja e no Chaplin, na regiao, e Rancho do Cowboy, em Sao Paulo".

Sandrelucio, 28 anos, mineiro de Muriaé e morador de Santo André, atua na profissao há seis anos. Formado pela ABB, única entidade do país que oferece um curso profissionalizante do gênero, ele trabalhava antes em barracas de batidas em Salvador, na Bahia. "Lá, eu só misturava os ingredientes. Hoje, aprendi que existem regras e tenho mais noçoes do que se deve ou nao misturar", diz.

Para ele, o barman é o cartao de visitas de um restaurante, casa noturna ou bar, e também funciona como psicólogo: "O cliente tem sempre algo a dizer e o barman tem de ouvir. Nós nunca devemos torcer contra o time do cliente, nem ser totalmente a favor".




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