Os ensinamentos e as ações feitas pelo padre italiano Leo Commissari, assassinado em 21 de junho de 1998, na favela do Oleoduto, Jardim Silvina, em São Bernardo, permanecem vivos há duas décadas e foram lembrados ontem na 20ª Caminhada da Paz, realizada no bairro.

O missionário foi atingido por três disparos de arma de fogo por traficantes quando voltava de quermesse. Empunhando bandeiras brancas, centenas de pessoas partiram da rua que leva o nome do padre (e onde ele foi executado) e caminharam cerca de 1,5 quilômetro, até à Paróquia Jesus de Nazaré, onde bispo diocesano dom Pedro Carlos Cipollini presidiu celebração.

“ Não há amor maior, disse Jesus, do que dar a vida e o padre Leo foi dando a vida um pouquinho por vez. Ele deixou sua terra, veio para cá, trabalhou, conheceu pessoas diferentes, no meio da pobreza e não lucrou com o sacerdócio, pelo contrário, doou tudo, até a vida”, lembrou o bispo. “Hoje (ontem) é dia de agradecer o dom da vida do padre Leo”, concluiu.