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Faixa apagada coloca pedestre em risco
Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
07/04/2012 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


No momento em que é discutido o aumento da fiscalização a motoristas que desrespeitam pedestres, o poder público descumpre seu papel e falha na sinalização das faixas de travessia. A equipe do Diário percorreu diversas vias da região e encontrou pontos em que não é possível visualizar o local adequado para atravessar.

Além de colocar em risco a segurança dos pedestres, as faixas apagadas diminuem o poder de autuação das prefeituras, já que motoristas multados nestes locais podem recorrer da infração (leia reportagem ao lado).

Na região central de São Bernardo, é fácil achar faixas desgastadas pelo tempo. Na Rua Continental, duas delas só podem ser vistas se observadas com atenção. “Não dá para ver a faixa, então o pessoal não respeita. Motoristas estacionam em cima e não acontece nada”, conta a comerciante Magda Rodrigues, 51 anos.

Nas movimentadas avenidas Kennedy e Nações Unidas, as faixas também estão deterioradas. A situação representa perigo para os pedestres, já que os pontos são localizados nas proximidades do quartel do Corpo de Bombeiros e do Cemitério da Vila Euclides. Também foram encontrados problemas nas travessias da Rua Jurubatuba e nas avenidas Faria Lima, Aldino Pinotti e Pereira Barreto.

Em Santo André, as faixas degradadas são mais vistas nos bairros afastados do Centro. Nas vilas Palmares e Sacadura Cabral, grande parte dos locais para a travessia não têm qualquer tipo de sinalização. Em frente ao CDP (Centro de Detenção Provisória), por exemplo, a faixa apresenta mau estado de conservação.

“Acho complicado as prefeituras quererem multar os motoristas, sendo que elas não fazem a parte delas. Se acontecer um acidente aqui, como fica?”, questiona o motorista João Mendes, 50.

Problemas foram vistos em São Caetano nos bairros Santa Maria, Olímpico e Barcelona, que tiveram grande quantidade de vias recapeadas recentemente. Na Alameda Conde de Porto Alegre, por exemplo, as faixas ainda não foram pintadas. Assim, pedestres se arriscam ao praticar a travessia em pontos inadequados.

Santo André informa que são pintados, em média, 10 mil metros cúbicos de faixas por mês, o que demanda gastos de R$ 400 mil. Em São Caetano existem cerca de 2.500 faixas de pedestres. A Prefeitura fará a sinalização de solo assim que forem concluídos os serviços de recapeamento.

Em Mauá, serão refeitas cerca de 60% das 1.350 faixas do município, segundo a Prefeitura. Diadema gasta em torno de R$ 10 mil para recuperar aproximadamente 70 faixas ao mês. O município possui 1.500 faixas.

Cerca de R$ 77 mil são gasto mensalmente por Ribeirão Pires em sinalização de solo, incluindo as faixas de pedestres. São Bernardo e Rio Grande da Serra não se manifestaram.




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