"Israel cancelou as negociações e congelou todos os movimentos para se retirar de Qalqiliya e Jericó”, declarou Elias Zananieri, porta-voz do ministro palestino da Segurança, Mohammad Dahlan.

As autoridades israelenses adotaram a decisão depois do atentado suicida contra um ônibus em Jerusalém Ocidental, no qual morreram pelo menos 20 pessoas e mais de 105 ficaram feridas, segundo fontes médicas.

Os dois lados se reuniriam na noite desta terça-feira para estudar a retirada de Israel das duas cidades e a transferência do controle da segurança à Autoridade Palestina, que deveria acontecer ainda esta semana.

O ministro israelense de defesa, Shaul Mofaz, afirmou, antes do ataque, que as cidades de Ramallah e Tulkarem também seriam entregues.

Durante a manhã, o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon havia reunido os principais funcionários da defesa antes do encontro com os palestinos em torno da transferência do controle das duas localidades.

Segundo Israel, o principal problema era que os palestinos ainda não haviam garantido que as pessoas procuradas por ataques antiisraelenses seriam desarmadas. Sem esta garantia, dirigentes israelenses descartavam em particular uma retirada próxima de Ramallah, sede do quartel-general do presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.