Investimentos de até R$ 6 bilhões devem ser aportados no projeto único de alcoolduto que irá nascer do termo de compromisso de associação entre Petrobras, Camargo Correa óleo e Gás, Copersucar, Cosan Indústria e Comércio, OTP (Odebrecht Transport Participações) e Uniduto Logística. A aprovação da proposta é esperada para quinta-feira, segundo fontes próximas das negociações.
Dos projetos de três dutos que serão unidos em um único alcoolduto, apenas o trecho que se estende de Ribeirão Preto até Paulínia, no interior de São Paulo, está efetivamente aprovado. O restante da malha dutoviária será novamente rediscutida, buscando-se a melhor eficiência dos três projetos, originalmente elaborados pela PMCC Soluções Logísticas de Etanol.
A fonte explica que a indefinição sobre o formato do duto único é que levou a decisão do aporte inicial ser apenas de R$ 100 milhões, com mais aportes devendo ser feito em 60 dias.
Segundo nota distribuída pela Petrobras, a companhia terá participação de 20% da Petrobras, 20% da Cosan, 20% da Odebrecht, 20% da Copersucar, 10% da Camargo Correa e 10% da Uniduto. A participação das empresas foi definida de acordo com a capacidade de investir, respeitando algumas regras impostas. Por exemplo, a petroleira decidiu ter participação de 20% e impôs este limite para a participação das demais associadas.
Além disto, como Cosan e Copersucar tem grande capacidade de investimento, para acomodar players e equalizar a participação no duto único, entraram com participação de 20% cada uma, além da participação dentro da Uniduto.
A união dos projetos de alcoolduto já era esperado pelo mercado de etanol. Além de gerar sinergias, a unificação aumenta volume de etanol para ser transportado pelo sistema de transporte multimodal.
Apenas nestes dois projetos, a capacidade de transporte é de 39 bilhões de litros, mais que a totalidade da produção de 30 bilhões de litros esperada para a safra atual 2010/11, dos quais 27,7 bilhões devem ser absorvidos pelo mercado interno.
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