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Greve da PF causa fila no Aeroporto Internacional do Rio
Por Do Diário OnLine
29/03/2004 | 09:51
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A greve da PF (Polícia Federal) continua causando filas na manhã desta segunda-feira no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. Para evitar a espera, os passageiros dos vôos da manhã chegaram antes das 4h da madrugada.

As filas são provocadas pelos policiais federais grevistas, que realizam a chamada ‘Operação Padrão’. Os agentes fazem a revista de todos os passageiros que chegam ou partem do aeroporto, o que provoca filas.

Onze vôos estão programados para deixar o aeroporto hoje e há apenas dois agentes federais para atender os passageiros. As companhias aéreas pedem que os passageiros cheguem com pelo menos quatro horas de antecedência.

No Aeroporto Internacional de Cumbica, em São Paulo, a situação é um pouco mais tranqüila, com poucas filas. Pela manhã, apenas um vôo partiu com um atraso de cerca de meia hora, segundo reportagem da Rádio CBN. Estão programados para esta segunda-feira a partida de 92 vôos e a chegada de outros 112.

Ilegal — A Justiça Federal deve decidir nesta segunda-feira se considera a greve da PF ilegal. A AGU (Advocacia Geral da União) entrou com uma ação na sexta-feira pedindo que a Fenapef (Federação Nacional dos Policias Federais) e o Sindicato dos Policiais Federais no DF acabem imediatamente com a greve que se estende desde o dia 9 de março.

O argumento utilizado pela AGU é que a paralisação provoca prejuízos ao patrimônio público e à ordem pública e administrativa. Serviços considerados básicos, como custódia de detentos, controle imigratório nos portos e aeroportos, além da expedição de passaportes estão defasados.

De acordo com a ação, a cada dia de greve a categoria deverá pagar uma multa de R$ 60 mil. Nos próximos dias, a AGU deve entrar com outros processos nos demais Estados da Federação.

Reivindicações — Os policiais federais em greve desde o dia 9 de março reivindicam que os salários de cargos considerados de nível superior, como escrivães, papiloscopistas e agentes federais, sofram uma equiparação com os vencimentos dos delegados, conforme determina uma lei editada em 1996. O governo, por sua vez, diz que não há meios de elevar o salário dos agentes, que passaria de R$ 4 mil para R$ 7 mil, em média.

Para tentar minimizar os efeitos da paralisação, o Ministério da Justiça editou uma medida provisória na última quarta-feira autorizando os agentes da Infraero a auxiliar os policiais na fiscalização de passageiros nos aeroportos. A Fenapef entrou com um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), alegando a inconstitucionalidade da medida, mas o pedido foi negado.




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