Política Titulo São Bernardo
Marinho reabre edital de hospital

Três meses após anúncio, prefeito de São Bernardo efetiva processo de licitação para construção de complexo hospitalar de urgência

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
20/08/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DAGBC


Quase três meses depois do anúncio do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), a licitação para construção de Hospital de Urgência onde hoje funciona o PS (Pronto-Socorro) Central foi finalmente republicada pela gestão petista. O novo documento descreve que a abertura dos envelopes ocorrerá no dia 9.

O projeto envolve US$ 139,1 milhões (R$ 477,25 milhões), sendo US$ 59 milhões (R$ 202,43 milhões) do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e US$ 80 milhões (R$ 274,48 milhões) de contrapartida municipal. Com 17,5 mil metros quadrados, o hospital terá sete pavimentos e 266 posições, sendo 226 leitos e 40 poltronas. Na atividade de anúncio, Marinho confirmou que terá 30 anos para quitar a dívida com o BID. A previsão inicial para a conclusão dos serviços é para agosto de 2018.

No período do lançamento do projeto, o governo Marinho realizou ampla divulgação, espalhando outdoors e peças publicitárias pelo município. Inicialmente, foi prometido que o ganhador do processo licitatório seria conhecido no dia 1º de julho. No entanto, dias depois, a gestão suspendeu o edital. Na época, a titular da Saúde, Odete Gialdi, afirmou “que vários itens precisavam ser revistos”, salientando, porém, que o prazo não seria modificado. Ela ainda considerou que a decisão de paralisar o processo licitatório partiu do governo para evitar possíveis questionamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O projeto de outro complexo hospitalar foi lançado por Marinho como uma das apostas para alavancar a campanha de seu candidato à sucessão municipal em outubro, o ex-secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental Tarcisio Secoli (PT), na Saúde. A plataforma se juntaria ao projeto do Hospital de Clínicas, inaugurado em dezembro de 2013. Este, porém, é alvo de críticas, principalmente por conta de sua subutilização. Em torno de 12% da estrutura completa é usada para a realização de cirurgias.

Procurada pelo Diário, Odete evitou responder questionamentos sobre o andamento do projeto, exigindo que as perguntas fossem encaminhadas para a Secretaria de Comunicação, que também não esclareceu detalhes da obra.




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