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Consignado fecha cinco entidades em SP
Do Diário do Grande ABC
14/08/2005 | 10:46
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Apesar do crescimento pela procura de cooperativas de crédito formadas por empresários e empreendedores - de acordo com a Cecresp, sete entidades aguardam autorização do BC -, as cooperativas criadas para empregados de uma mesma empresa ou categoria sofrem com outra medida do Banco Central.

Desde a autorização do banco para que as instituições financeiras em geral trabalhassem com crédito consignado em folha de pagamento, no final de 2003, cinco cooperativas no Estado fecharam, e a abertura de novas entidades - média de 15 ao ano - caiu para quatro, de acordo com a Cecresp.

A CredABC, que reúne os funcionários públicos municipais de São Bernardo, é uma das que sentiu os efeitos do surgimento do crédito consignado. "Sofremos a concorrência do Banespa (pelo qual os servidores recebem os salários) desde que o banco passou a oferecer crédito consignado. Isso diminuiu muito a procura pela cooperativa", afirmou Vera Lúcia Sabatini, diretora da cooperativa.

Isso ocorre porque as cooperativas de empregados trabalham em parceria com os departamentos de recursos humanos das empresas e descontam as parcelas do empréstimo diretamente nos salários dos funcionários. Todas as 16 cooperativas da região trabalham nesse sistema. Trabalhadores de empresas como Termomecânica, de São Bernardo, Coop - Cooperativa de Consumo, de Santo André, Bombril, de São Bernardo, e Rhodia, de Santo André, já têm cooperativas de crédito.

A cooperativa dos funcionários da Bombril já agrega 95% dos empregados na empresa. Os cooperados destinam à cooperativa R$ 5 mensais do salário. Os valores voltam com juros de 1% ao mês na rescisão do contrato de trabalho. "Funciona como uma poupança forçada. É muito positivo porque caso o trabalhador precise de empréstimo, consegue retirar duas vezes o valor de seu salário mais o capital depositado com juros de 1,5% sobre o saldo devedor", explica o gerente Carlos Roberto Galhardo.




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