Mesmo tendo homologado a chapa na quinta-feira, o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), ainda pensa em trocar a segunda cadeira da chapa majoritária, hoje ocupada pelo ex-secretário de Desenvolvimento Social Arnaldo Franco (PMDB). Há conversas dentro do partido de que o vice não tem expressão política na cidade e que outro tipo de aliança favoreceria mais o prefeito, que tenta a reeleição.

Escolhido em maio pelo chefe do Executivo, Arnaldo Franco tem inserção no setor religioso por fazer parte da Igreja Carismática de Ribeirão Pires, porém, não possui fortes ligações políticas na cidade. A ideia seria escolher alguém com mais expressividade, como o vereador Hércules Giarola (PMDB), que chegou a se colocar como pré-candidato, mas abandonou o projeto para apoiar Saulo na corrida eleitoral.

Até a semana passada havia conversas sobre a possibilidade de se fazer coligação com o DEM, atualmente no arco do ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira (PSB). Se a aliança tivesse vingado, o vereador Jorginho da Autoescola (DEM) poderia ter assumido o posto junto a Saulo. As negociações, no entanto, ficaram prejudicadas pela indecisão do prefeito quanto à reeleição.

Na semana passada, o chefe do Executivo se reuniu com vereadores da base aliada e secretários próximos para anunciar que não seria candidato, mas, dois dias depois, durante a convenção, recuou e disse que concorreria novamente à Prefeitura para dar continuidade ao plano de governo.

De acordo com o artigo 16 da lei 9.504 de 1997, agora parte da legislação eleitoral com a minirreforma de 2015, os candidatos podem mudar o vice até 20 dias antes do pleito, uma vez que postulantes terão que enviar a composição da chapa majoritária para os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) para fins de catalogação e divulgação do projeto político até o dia 12 de setembro.

Oficialmente, o núcleo duro da campanha de Saulo nega que haverá troca.