Política Titulo Estado
PT trabalha Haddad e Marinho para 2018
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/08/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A cúpula do PT trabalha com dois nomes para o governo do Estado em 2018: os prefeitos Fernando Haddad, da Capital, e Luiz Marinho, de São Bernardo. E, de acordo com lideranças estaduais do partido, serão figuras colocadas no páreo independentemente do resultado eleitoral deste ano.

Haddad buscará a reeleição num pleito com condições adversas: enfrentará duas ex-petistas – Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (Psol) –, carregando a rejeitada estrela do PT no peito e com administração criticada. Já Marinho ousou ao pinçar o candidato à sucessão e vai apostar em Tarcisio Secoli, ex-secretário de Serviços Urbanos e debutante nas urnas. Por enquanto, tanto Haddad quando Tarcisio patinam nas pesquisas de intenções de voto.

“Não existe 2018 sem 2016, embora sejam eleições bem diferentes. Até 2018 muita água vai passar por debaixo da ponte. Mas temos ciência de que 2016 vai nos dar o tamanho do PT para 2018”, afirmou o deputado estadual Teonílio Barba, ligado ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de onde emergiu politicamente Marinho. “Para 2018, Marinho e Haddad estão colocados. E não há lógica de tirá-los se não emplacar sucessor ou não se reeleger”, emendou o também parlamentar paulista Luiz Fernando Teixeira. “A eleição de 2016 será chave”, disse o deputado Luiz Turco.

Marinho tentou se viabilizar para ser o candidato do PT ao governo do Estado em 2014, apostando em suposto esgotamento do método do PSDB de governar São Paulo. Porém, por articulação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (curiosamente padrinho político de Marinho), quem foi alçado ao posto de representante do petismo na eleição foi o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. A terceira colocação e o desempenho considerado pífio já descartaram Padilha da disputa em 2018. Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito no primeiro turno há dois anos.

Prefeitos de duas das maiores cidades do Estado – a Capital é a primeira –, Haddad e Marinho contam também com pouca rivalidade interna. Desde o Mensalão, passando pela Operação Lava Jato e por derrocadas eleitorais, grandes líderes petistas em São Paulo foram sendo dissipados politicamente, casos de José Genoino, João Paulo Cunha, José Dirceu, Antônio Palocci e Aloizio Mercadante. O que há favorável a Marinho é que ele já enfrentou uma disputa estadual: foi vice de Genoino na eleição de 2002.

Outra possibilidade interna é a de composição eleitoral. Nacionalmente, por exemplo, a volta de Lula à corrida presidencial é defendida, mas há petistas que veem com bons olhos parceria com o ex-governador Ciro Gomes (PDT). 




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