Na Lemos Brito, os encontros íntimos de presos com suas companheiras ocorre sempre às sextas-feiras. Os detentos homossexuais poderao manter seus encontros nesse mesmo dia, conforme revelou o diretor da penitenciária baiana, Osvaldo Alves. Para tanto, o detento precisa cumprir as normas: fazer uma solicitaçao formal à diretoria da penitenciária que elaborará um cadastro do parceiro. O cadastro é enviado ao serviço social que tem a funçao de comprovar a ligaçao afetiva entre o preso e o seu companheiro. Só entao é autorizada a visita.
Até esta semana, nenhum preso homossexual havia requerido o direito da visita íntima. O diretor do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, porém, acredita que essa situaçao deva mudar. O GGB realiza trabalho de prevençao de doenças sexualmente transmissíveis junto à populaçao carcerária homossexual de Salvador. Segundo ele, o Ministério da Justiça autorizou as visitas íntimas inclusive para facilitar o trabalho de prevençao à aids. "Vamos intensificar a distribuiçao de preservativos e esclarecer como se pega aids aos presos", disse. Cerqueira estima que pelo menos 10% dos cerca de 800 presos da Lemos Brito sao homossexuais.
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