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Moscou declara luto oficial de um dia pela morte de Boris Yeltsin
Por Da AFP
23/04/2007 | 16:31
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O Kremlin informou que o ex-presidente Boris Yeltsin, falecido nesta segunda-feira aos 76 anos, será sepultado no próximo dia 25 em Moscou. Quarta-feira será dia de luto nacional.

Yeltsin, que tinha uma saúde frágil, morreu às 15h45 locais (08h45 de Brasília) no Hospital Central de Moscou, de ataque cardíaco, informou a agência de notícias Interfax, citando o chefe do serviço médico da Presidência, Sergei Mironov.

O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, esteve entre os primeiros a expressar condolências pela morte daquele que foi seu ex-adversário político.

"Apresento minhas profundas condolências à família de um homem em cujos ombros repousaram muitas grandes obras para o bem do país e erros sérios: um trágico destino", disse o ex-líder soviético, citado pela agência Interfax.

Em declarações transmitidas pela Interfax, o presidente russo, Vladimir Putin, herdeiro político de Yeltsin, destacou que uma "nova Rússia democrática, um Estado livre aberto ao mundo", nasceram graças a seu antecessor.

"Boris Nikolaievich Yeltsin, o primeiro presidente da Rússia, morreu. É como este título que ele entra para sempre na História da Rússia. Morreu um homem, graças ao qual toda uma época pôde ver a luz", disse o presidente russo. "Uma nova Rússia democrática nasceu, um Estado livre, aberto ao mundo", acrescentou Putin.

Líderes mundiais também prestaram tributo a Yeltsin por seu papel corajoso na defesa da democracia depois do colapso traumático da União Soviética. O presidente americano, George W. Bush, qualificou Yelstin de "figura histórica", destacando que ele ajudou a ancorar a democracia em seu país, além de criar laços calorosos com os Estados Unidos.

Yeltsin "desempenhou um papel importante quando a União Soviética foi dissolvida, ajudou a lançar as bases da liberdade, tendo sido o primeiro a ser eleito democraticamente na história do país. Aprecio os esforços que fez para construir uma relação muito forte entre a Rússia e os Estados Unidos", acrescentou Bush em um comunicado.

Para o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, Yeltsin desempenhou "um papel vital" na história da Rússia. "Yeltsin foi um homem notável, que compreendeu a necessidade da democracia e de reformas econômicas", disse Blair.

Reunidos em Luxemburgo, líderes da União Européia prestaram uma longa homenagem ao ex-presidente russo Boris Yeltsin, por sua "contribuição decisiva no estabelecimento da democracia e da economia de mercado" na Rússia.

"Ele trouxe uma contribuição decisiva è política e à economia de seu país, que merece nosso respeito. Voltou-se para a Europa e se empenhou em desenvolver as relações entre a Alemanha e a Rússia, entre a União Européia e a Rússia, marcadas pela amizade", disse Frank-Walter Steinmeier, chefe da diplomacia da Alemanha, país que preside a UE, à margem de encontro de ministros europeus do bloco.




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