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Políticos vêem com cautela caso do deputado detido com dinheiro
Arthur Lopez
Do Diário do Grande ABC
12/07/2005 | 08:41
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Por um breve momento, o discurso ultimamente defensivo do PT reassumiu ares de oposição. Assim foi nesta segunda-feira com o deputado estadual Vanderlei Siraque (PT), categórico em exigir uma apuração detalhada depois da apreensão do dinheiro que seria embarcado junto com o deputado federal João Batista Ramos da Silva (PFL-SP), em Brasília.

No entanto, a maioria dos políticos da região preferiu não comentar o novo escândalo envolvendo dinheiro sem origem comprovada, que desta vez atinge o PFL, partido de oposição ao governo federal.

Nem mesmo o vereador Altino Moreira Santos (PL), que assim como o deputado João Batista, é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, proprietária do dinheiro apreendido pela Polícia Federal, segundo o parlamentar flagrado junto com outros membros da Igreja. "Não estou ao par do que aconteceu e prefiro não me pronunciar", disse o vereador.

Para Siraque, além da investigação, ele afirma esperar também que a repercussão do caso do PFL seja similar ao que assolou o PT, depois que o assessor do irmão de José Genoino foi flagrado com uma mala de reais e com dólares escondidos na cueca.

"Também acho muito estranho que tudo isso tenha sido descoberto de uma vez só", suspeita o petista.

O deputado federal Edinho Montemor (PL) ironiza a quantia encontrada (a maioria em notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 50) com o bispo da Universal em Brasília: "Tudo isso de dízimo, haja fé". Para Montemor, esse momento é uma oportunidade de realmente "passar o país a limpo".




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