A onda de violência contra moradores de rua em São Paulo continua. Na madrugada deste domingo uma mulher de aproximadamente 40 anos, ainda não identificada, foi encontrada morta na rua Barão de Iguape, no centro da capital, com ferimentos na cabeça. Outras três pessoas também foram espancadas e levadas para o hospital do Servidor Público Municipal.

Assim, subiu para seis o número de mendigos assassinados em São Paulo desde quinta-feira, já que nesta madrugada, por volta das 5h30, uma das vítimas internadas Hospital do Servidor morreu. Outros nove moradores de rua seguem internados. Pelo menos seis destas vítimas estão em estado grave e ainda correm risco de morte.

Entre as outras três vítimas desta madrugada está Maria de Lurdes de Souza, 47 anos, encontrada na praça São Vitor, na região do Parque D. Pedro. O segundo mendigo agredido foi identificado como Rivelino Joanella Lemes Pedroso, 25 anos. Ele, que estava na Praça da Sé com ferimentos na cabeça e no pescoço, fugiu do hospital. Por fim, a terceira vítima, que não possuía documentos de identificação e foi , foi encontrada na rua Quintino Bocaiúva.

Investigação - A equipe de investigação do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) cuida do caso. Neste sábado, investigadores voltaram ao centro para tentar encontrar mais testemunhas e pistas da chacina.

A polícia não descarta nenhuma das quatro linhas de investigação: briga de moradores de rua, ação de grupo organizado, tráfico de drogas e movimento financiado por comerciantes da área. O MP (Ministério Público) informou que vai incluir no programa de proteção a testemunhas quem delatar os autores da chacina.

Outras ocorrências - Na madrugada de quinta-feira, dez moradores foram encontrados no centro de São Paulo com ferimentos na cabeça e no rosto. Deste grupo, quatro morreram e os outros seis foram levados em estado grave para hospitais da região. Na madrugada de sábado, mais um morador de rua foi agredido e internado com ferimentos graves.