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Artex quer elevar exportaçao após inaugurar nova fábrica
Do Diário do Grande ABC
20/08/1999 | 17:59
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A fabricante de toalhas Artex espera fechar este ano com faturamento líquido de R$ 115 milhoes. Esse valor é bastante próximo do registrado em 98, quando a empresa teve receita de R$ 104 milhoes. "Já estamos operando com 100% da nossa capacidade", afirmou o presidente da Artex, Wilson Amaral. Por isso, o faturamento da empresa deve ficar estável neste ano.

Amaral explicou que atualmente a empresa nao está forçando o mercado interno, devido à questao da capacidade da fábrica de Blumenau (SC), que é limitada. Atualmente, a capacidade da fábrica é de 640 toneladas por mês.

No entanto, a partir do ano 2000, estará em funcionamento a nova fábrica da subsidiária Toália (produtora de felpudos), em Joao Pessoa (Paraíba). A nova fábrica é fruto da associaçao entre Artex e Coteminas.

Em dezembro de 97, a Coteminas comprou 50% da Toália e desde entao estao sendo feitos investimentos para sua modernizaçao. A nova fábrica irá produzir 1000 toneladas por mês. Para a Artex, virá 50% do faturamento da nova empresa.

Amaral, contou que, após a inauguraçao da fábrica, a intençao é destinar cerca de 85% a 90% do volume da produçao de Blumenau para o mercado externo. Atualmente, 60% da receita da Artex é proveniente de exportaçoes. Segundo o presidente, existe demanda para aumentar as vendas no mercado externo.

O presidente da Artex destacou o desempenho operacional da companhia do primeiro semestre. No período, a margem bruta da companhia ficou em R$ 41%, contra 21,5% no mesmo período de 98.

As despesas com vendas e administrativas do semestre representaram 16,5% das vendas. Nos primeiros seis meses de 98, essas despesas significaram 24,4% das vendas. "Acredito que estamos no melhor momento operacional de nossa história." A empresa está controlando custos e aproveitando os benefícios da desvalorizaçao cambial, já que é exportadora.

A Artex teria fechado o semestre com lucro de R$ 5,460 milhoes se nao tivesse sofrido o impacto de ajustes nao-operacionais. Amaral afirmou que a companhia optou pelo conservadorismo nos seus números. "Queremos refletir um valor patrimonial mais realista possível", afirmou. Dessa forma, fez provisoes de R$ 6,207 milhoes no primeiro semestre para contingências fiscais e trabalhistas.

Além disso, a Artex fez uma reavaliaçao da antiga fábrica de fiaçao em Blumenau, que já foi desativada. A intençao é vender o imóvel, que estava no balanço por R$ 13 milhoes. Amaral contou que a empresa nao conseguiu vendê-lo por esse preço e recebeu propostas por volta de R$ 7 milhoes. Por isso, já jogou a diferença como perda, antes mesmo de vender o imóvel.

Outra providência foi contabilizar como despesa R$ 3,4 milhoes referentes a máquinas antigas da fábrica da Paraíba, que serao trocadas por outras mais novas. Por conta desses ajustes, a companhia teve prejuízo de R$ 14,346 milhoes no semestre.




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